Segundo as investigações da Polícia Civil, a morte do advogado foi encomendada pela organização criminosa para cobrar R$ 100 mil pela defesa de ladrões de um posto de gasolina. Segundo as investigações, a vítima pediu o valor, dizendo que atuaria para livrar os criminosos da cadeia, mas não conseguiu evitar as prisões. Dois dos integrantes do bando, Gilmar Miranda Correia, de 24 anos, e Warley Miranda de Oliveira, também conhecido como Bebê, de 30, foram presos e apresentados à imprensa na semana passada. Outras duas pessoas seguem foragidas. Luiz Henrique Nascimento do Vale, o Totó, e David Rafael de Oliviera, o Baia. Uma pistola automática .40, de uso restrito das forças de segurança, foi apreendida.
O crime ocorreu em outubro de 2013. Quando Jayme parou seu Ford Fusion na entrada da garagem do prédio onde morava, na Rua Cecília Fonseca Coutinho, foi surpreendido pelos criminosos. A desavença entre a quadrilha e o advogado teria começado depois de um assalto a um posto de combustível, em outubro de 2013. Douglas Miranda programou o crime com a amante, que trabalhava no local, no Bairro São Januário, em Ribeirão das Neves, na Grande BH. Junto com o primo, Warley de Oliveira, eles invadiram a tesouraria do posto e roubaram R$ 300 mil. Menos de um mês depois, os três envolvidos já estavam identificados e Douglas e a amante dele, Débora Bruna Arcanjo, de 19, presos. Além disso, a mulher dele, Elaine Silva acabou presa por lavagem de dinheiro.
Por causa desse crime, a quadrilha procurou Jayme para livrar o grupo da prisão. O defensor foi indicado por Luiz Henrique, o Totó, que já era cliente dele. Nas negociações, a vítima pediu R$ 100 mil para libertá-los. O valor chegou a ser pago pelos criminosos, mas o advogado não teve sucesso na defesa. Por isso, o grupo teria armado uma emboscada para assassinar o homem.
Segundo a Polícia Civil, Elaine Silva ameaçou o advogado e pediu a devolução do dinheiro.
A pistola usada no crime foi apreendida. Já o fuzil, a polícia acredita que possa ser a arma roubada de uma delegacia de Vespasiano, na Grande BH, dias antes do crime.
Quadrilha
Na operação da Polícia Civil, também foram presos Maurício Cardoso da Silva, o Mauricinho, e Rodrigo Alcino de Freitas, conhecido como Bisil. Segundo as investigações, o grupo atuava nos bairros Primeiro de Maio e Providência, além de cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Foram apreendidas drogas e armas com os suspeitos. .