Depois de receber a mesma recomendação judicial de buscar fazer o transplante no Brasil, a mãe de Matheus, Gecilane Oliveira Matos, de 34, conseguiu, em outubro de 2015, o parecer do médico Sérgio Paiva Meira Filho, do Hospital Israelita Albert Einstein, uma das instituições de saúde apontadas no processo como sendo aptas a fazer o procedimento em crianças. Segundo o médico, “em nosso país existem apenas duas equipes credenciadas para realizar esse tipo de transplante em adulto. Ambos fizeram apenas cinco multiviscerais e um transplante de intestino isolado no total, não havendo equipe competente para a realização desse procedimento na população pediátrica do Brasil”. Em nota, o hospital confirma que não está apto a fazer transplantes de intestino em crianças.
CAMPANHA Exatamente como Gabi, Matheus conseguiu liminar na Justiça determinando sua imediata transferência ao Jackson Memorial Institute, nos Estados Unidos, para a realização do transplante multivisceral que já recebeu o aceite do médico brasileiro Rodrigo Vianna, que atua naquela instituição e obteve índice de sucesso de 90% no primeiro ano de vida, nos últimos 15 transplantes feitos em Miami. Na campanha para ajudar o menino, que mobilizou empresários e clubes de futebol, como o Cruzeiro, a família de Matheus já arrecadou perto de R$ 700 mil, depositados em juízo em uma conta aberta em nome da mãe do garoto.
Argumentação parecida à da família de Gabi já consta do processo de Matheus.