Com quadros de saúde idênticos ao de Gabi, outras crianças no Brasil, infelizmente, perderam a vida antes de conseguir embarcar para Miami, devido à morosidade da Justiça e à falta de recursos das famílias. Em São Paulo, quatro crianças brigam nos tribunais pelo transplante. “Mamãe, quando vou viajar pra Miami?”, tornou a perguntar esta semana o Matheus, de 7 anos, que ficou cego em decorrência das complicações da perda de boa parte do intestino, devido à malformação congênita, que ataca em média 5% dos recém-nascidos no Brasil. Matheus não pode ver, mas ouviu o barulho de um avião sobrevoando o céu, enquanto brincava na área de lazer do Hospital das Clínicas de Belo Horizonte, onde tornou a ser internado esta semana com febre, sob ameaça de nova infecção.
Depois de receber a mesma recomendação judicial de buscar fazer o transplante no Brasil, a mãe de Matheus, Gecilane Oliveira Matos, de 34, conseguiu, em outubro de 2015, o parecer do médico Sérgio Paiva Meira Filho, do Hospital Israelita Albert Einstein, uma das instituições de saúde apontadas no processo como sendo aptas a fazer o procedimento em crianças. Segundo o médico, “em nosso país existem apenas duas equipes credenciadas para realizar esse tipo de transplante em adulto. Ambos fizeram apenas cinco multiviscerais e um transplante de intestino isolado no total, não havendo equipe competente para a realização desse procedimento na população pediátrica do Brasil”. Em nota, o hospital confirma que não está apto a fazer transplantes de intestino em crianças.
CAMPANHA Exatamente como Gabi, Matheus conseguiu liminar na Justiça determinando sua imediata transferência ao Jackson Memorial Institute, nos Estados Unidos, para a realização do transplante multivisceral que já recebeu o aceite do médico brasileiro Rodrigo Vianna, que atua naquela instituição e obteve índice de sucesso de 90% no primeiro ano de vida, nos últimos 15 transplantes feitos em Miami. Na campanha para ajudar o menino, que mobilizou empresários e clubes de futebol, como o Cruzeiro, a família de Matheus já arrecadou perto de R$ 700 mil, depositados em juízo em uma conta aberta em nome da mãe do garoto.
Argumentação parecida à da família de Gabi já consta do processo de Matheus. Ele, entretanto, ainda não sabe quando vai embarcar. “Minha maior revolta é que a União declara as mesmas coisas em todos os processos. Faz isso como forma de enrolar. Será que não se tocam que tem uma criança precisando de tratamento com urgência?”, desabafa a mãe de Matheus, que publicou a foto do filho no Facebook querendo ir embora do Brasil. Pela comoção dos gestos, recebeu milhares de compartilhamentos.
Depois de receber a mesma recomendação judicial de buscar fazer o transplante no Brasil, a mãe de Matheus, Gecilane Oliveira Matos, de 34, conseguiu, em outubro de 2015, o parecer do médico Sérgio Paiva Meira Filho, do Hospital Israelita Albert Einstein, uma das instituições de saúde apontadas no processo como sendo aptas a fazer o procedimento em crianças. Segundo o médico, “em nosso país existem apenas duas equipes credenciadas para realizar esse tipo de transplante em adulto. Ambos fizeram apenas cinco multiviscerais e um transplante de intestino isolado no total, não havendo equipe competente para a realização desse procedimento na população pediátrica do Brasil”. Em nota, o hospital confirma que não está apto a fazer transplantes de intestino em crianças.
CAMPANHA Exatamente como Gabi, Matheus conseguiu liminar na Justiça determinando sua imediata transferência ao Jackson Memorial Institute, nos Estados Unidos, para a realização do transplante multivisceral que já recebeu o aceite do médico brasileiro Rodrigo Vianna, que atua naquela instituição e obteve índice de sucesso de 90% no primeiro ano de vida, nos últimos 15 transplantes feitos em Miami. Na campanha para ajudar o menino, que mobilizou empresários e clubes de futebol, como o Cruzeiro, a família de Matheus já arrecadou perto de R$ 700 mil, depositados em juízo em uma conta aberta em nome da mãe do garoto.
Argumentação parecida à da família de Gabi já consta do processo de Matheus. Ele, entretanto, ainda não sabe quando vai embarcar. “Minha maior revolta é que a União declara as mesmas coisas em todos os processos. Faz isso como forma de enrolar. Será que não se tocam que tem uma criança precisando de tratamento com urgência?”, desabafa a mãe de Matheus, que publicou a foto do filho no Facebook querendo ir embora do Brasil. Pela comoção dos gestos, recebeu milhares de compartilhamentos.