O Ministério da Saúde informa que, até o momento, foram registrados 444 casos de síndrome aguda respiratória grave por influenza A (H1N1) em todo o Brasil, sendo 71 óbitos. O maior número de casos foi registrado em São Paulo, onde ocorreram 55 óbitos. Em Minas Gerais, são três registros da doença, mas sem mortes. A síndrome se caracteriza por febre, tosse, dispneia ou desconforto respiratório.
Depois de colegas dos filhos terem apresentado sintomas de gripe, Cibele resolveu imunizá-los antes da temporada prevista na rede pública de saúde. “As crianças da escola estavam com gripe forte e dificuldade respiratória. Os hospitais estão lotados. A média de espera é de seis horas para ser atendido”, diz. O surto da doença em São Paulo, que resultou em 55 mortes, fez com que a campanha fosse antecipada naquele estado. Ontem, teve início a imunização dos profissionais de saúde que trabalham em hospitais da região metropolitana da capital paulista.
O surto em São Paulo trouxe medo à capital mineira, levando à grande procura nos postos particulares. O técnico de processos Ângelo Brasil, de 35, teve que voltar para a casa sem imunizar contra a gripe a filha Geovana, de 7 meses. Ele a levou para completar o calendário vacinal, com a aplicação da vacina contra o rotavírus e da meningocócica contra a meningite. Foi orientado pela pediatra a imunizar a filha contra a gripe, no entanto, não conseguiu encontrar a vacina. O mesmo ocorreu com a advogada Daisy Crepaldi, de 31, que viajou de Campo Belo para tentar se vacinar em BH e até o final da tarde de ontem não havia conseguido encontrar nenhuma dose da vacina. “Estou grávida, por isso fico desesperada”, disse.
A coordenadora do setor de vacinas do Hermes Pardini, Marilene Lucinda Silva, informou que a falta é temporária e decorrente da grande procura nos últimos dias. “As pessoas estão criando um pânico que não existe. Devido à alta demanda, os laboratórios não estão dando conta de atender.
CAMPANHA A campanha na rede pública de saúde em todo o Brasil está prevista para 30 de abril. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, não haverá antecipação da campanha em BH, uma vez que não há confirmação de casos de H1N1. A meta é vacinar 665.627 pessoas, com prioridade para crianças de 6 meses a menores de 5 anos, puérperas, gestantes, idosos, doentes crônicos, trabalhadores da saúde e população privada de liberdade.
A transmissão ocorre pelo contato com secreções das vias respiratórias eliminadas pela pessoa gripada ao falar, tossir ou espirrar. Também por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas, na boca, olhos e nariz. O Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples de prevenção, como lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal..