Secretaria de Saúde investiga suspeita de morte de macacos por febre amarela

Equipe percorre municípios do Norte de Minas para colher amostras de vísceras e sangue de animais mortos na região. Não há registros da doença entre humanos

Luiz Ribeiro
Uma equipe de técnicos da Secretaria de Estado de Saúde (SES), de referência na vigilância de epizootias (doenças em animais) está percorrendo os municípios de Brasília de Minas, Coração de Jesus e Mirabela, no Norte de Minas, a fim de investigar mortes de macacos ocorridas recentemente na região.
O objetivo é saber se a mortandade dos primatas foi provocada pelo vírus causador da febre-amarela, que pode ser transmitida aos seres humanos pelo mosquito flebótomo após picar animais doentes. Até agora, não houve registros de casos de febre-amarela na região.

Em nota, a SES informou que a equipe de técnicos de referência na vigilância de epizootias realiza trabalho de campo nos três municípios desde 28 de março e vai permanecer na região até sexta-feira. Não foi revelado quantos macacos morreram.

De acordo com a SES, está sendo feita a coleta de amostras do mosquito e de animais mortos (vísceras e sangue). O material deverá ser encaminhado para exame laboratorial, a fim de confirmar se há presença do vírus causador da febre-amarela.

Ainda segundo a SES, está sendo feito um trabalho de rotina, seguindo procedimento recomendado pelo Ministério da Saúde quando se constata a mortandade de macacos em determinada comunidade ou região. “Tal atividade é uma ação de monitoramento e de rotina da vigilância de epizootias de primatas não humanos e se justifica sempre quando ocorre mortandade desses animais, conforme relatada pela comunidade em localidades rurais situadas nos municípios listados. Esse tipo de vigilância responde como evento sentinela na prevenção e controle de doenças, entre elas a febre-amarela, rotineiramente”, diz a nota da SES. .