Com 41 mortes por dengue, Minas teme também H1N1

Outra doença que assusta no estado é a gripe H1N1, que já tem registro de três pessoas contaminadas, com duas mortes. Porém, apenas na cidade de Nepomuceno, no Sul de Minas, já são três óbitos em investigação

Landercy Hemerson
Minas Gerais já tem confirmados 41 óbitos relacionados à dengue – aumento de 11 em apenas uma semana –, além de 135 pessoas mortas com suspeita de infecção pela doença, segundo dados do balanço divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG).
Em apenas sete dias, os casos em território mineiro saltaram de 251.315 para 280.936, alta de 11,7%. Outra doença que assusta no estado é a gripe H1N1, que já tem registro de três pessoas contaminadas, com duas mortes. Porém, apenas na cidade de Nepomuceno, no Sul de Minas, já são três óbitos em investigação. Há várias outras cidades da região com suspeitas de contágio.

Em relação à dengue, desde 2013, quando foram registradas 414.548 ocorrências da enfermidade, os mineiros não vivem um quadro epidêmico dessa proporção. O comparativo deste primeiro trimestre com o daquele ano, que somou 245.304 casos, aponta elevação de 14,5% agora. A faixa etária com maior número de infectados pela doença é de 20 a 34 anos: de acordo com os dados da SES, somam 85.056 pacientes, cerca de 30% do total. Mas são pessoas acima de 80 anos que menos resistem.
Das 2.871 contaminadas, 1% do total, foram 10 mortes (0,3%). No caso dos idosos entre 65 e 79 foram 15.069 contaminações e igual número de mortos.

A dengue é uma doença febril aguda transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, que também é vetor da febre chikungunya e da zika. Este ano, de acordo com o balanço da SES, foram confirmados 17 registro de febre chikungunya no estado, com uma suspeita de morte. Já os casos de zika em Minas, neste ano, somam 1.168 confirmações. Desses, 11 foram confirmados em laboratório, sendo cinco na capital, dois em Curvelo e um cada em Cataguases, Coronel Fabriciano, Uberaba e Arcos. Por critério clínico epidemiológico, nos municípios com comprovada circulação deste vírus os registros somam 1.157.

H1N1 Cidades do Sul de Minas estão em alerta em relação ao risco de contaminação pela gripe H1N1, principalmente pela proximidade com São Paulo, que já registrou 372 casos da doença, com 55 mortes, segundo dados do Ministério da Saúde. Em Nepomuceno, a morte de um homem de 63 anos com sintomas da gripe pode ser o terceiro caso de óbito na cidade associado à doença em apenas duas semanas. O prefeito Marcos Memento disse que decretou estado de emergência e pediu o envio urgente de vacinas ao governo estadual, que acenou com liberação de recursos destinados à prevenção.

Também no Sul de Minas há uma suspeita de morte por H1N1 em Lavras, onde um caso foi confirmado e outros 10 estão sob investigação. Em Varginha um homem está em isolamento numa unidade de pronto-atendimento, com sintomas da gripe. Em Guaxupé são quatro suspeitas da doença, com duas mortes. Em Campo Belo, no Centro-Oeste mineiro, duas mortes também estão sendo investigadas. Os números oficiais no estado, de acordo com o ministério, são de três pessoas contaminadas, das quais duas morreram. No país, são 444 registros da doença e 71 óbitos neste ano.
Em todo o ano de 2015 foram 36 mortes..