Mas, de acordo com a PBH, os repasses federais estão congelados desde 2009, gerando uma defasagem de 46,8%, referente à inflação acumulada no período. As explicações da prefeitura fazem parte de um comunicado oficial distribuído em todas as escolas. De acordo com o informe, a prefeitura fornece auxílio-alimentação para os trabalhadores que exercem jornadas de mais de seis horas, o que substituiria a merenda. A Secretaria Municipal de Educação não quis comentar a decisão.
Diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede), Wanderson Rocha disse que a entidade está tentando uma reunião com a administração para tratar o assunto. Segundo ele, além dos professores e funcionários, alunos tampouco poderão comer na escola fora do horário de aula. “Muitos estudantes carentes do turno da tarde vão para a escola mais cedo para almoçar, porque muitas vezes não têm comida em casa.” Para ele, esse tipo de economia tem pouco impacto no orçamento do município.
O Conselho Municipal de Alimentação Escolar convocou reunião para o dia 27 para tratar do tema. De acordo com a vice-presidente da entidade, Neuma Soares, a decisão da prefeitura não passou nem pelo Conselho de Alimentação nem pelo de Educação. “A prefeitura tem tomado muitas decisões sem passar pelos conselhos, o que nos causa muita estranheza”, disse Neuma, que também integra o Conselho Municipal de Educação. Ela preferiu não se manifestar sobre a decisão da prefeitura antes de uma posição oficial da entidade..