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Estado de Minas

Minas Gerais já registra sete mortes por vírus influenza em 2016

Até esta quinta-feira, foram registrados 23 casos de síndrome respiratória causada pelo vírus. Cidades poderão antecipar campanha de vacinação


postado em 07/04/2016 16:37 / atualizado em 07/04/2016 20:54

O aumento de número de casos e de mortes por influenza preocupa as autoridades de saúde de Minas Gerais. Ainda mais que se antecipou no outono, início do período endêmico das doenças respiratórias. Até esta quinta-feira, foram registrados 23 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pelo vírus e sete mortes. Os óbitos já são metade do total registrado em todo o ano passado. Em 2016, outros 117 casos e quatro mortes ainda estão sendo investigados. Municípios mineiros começam a receber a vacina e podem antecipar a imunização caso achem necessário. A campanha de vacinação no estado começa em 30 de abril e vai até 20 de maio.

A gripe pode ser causada pelo vírus influenza A, B e C. Os tipos A e B apresentam mais importância clínica. O vírus A, em média,é responsável por 75% das infecções, mas em algumas temporadas ocorre o predomínio do B. Os dois tipos sofrem frequentes mutações, por isso são responsáveis pelas epidemias sazonais.

Neste ano, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) já registrou 23 casos de SRAG por influenza. Destes, dois foram por Influenza A (H1N1), dois por influenza B, e três por influenza A não subtipado. Em 2015, foram registradas 15 mortes e 90 casos de SRAG; em 2014, 35 mortes e 161 casos. Nesses anos, o influenza A foi responsável por dois e 17 óbitos, respectivamente.

As mortes por H1N1 foram registradas em Frutal, na Região do Triângulo Mineiro. As três mortes por influenza A não subtipado ocorreram em Guaxupé, no Sul de Minas, Ribeirão das Neves e Santa Luzia, ambas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Já duas pessoas perderam a vida ao contrair o vírus influenza B. Elas eram moradoras de Astolfo Dutra, na Região da Zona da Mata, e um paciente de outro estado não especificado pela Secretaria de Saúde.

A proximidade com São Paulo, que já registrou mais de 372 casos da doença e 55 mortes, segundo dados do Ministério da Saúde, ligou o alerta em municípios do Sul de Minas Gerais e do Triângulo mineiro. A Secretaria Municipal de Frutal já tem três casos confirmados de H1N1. A SES só contabiliza dois óbitos. A cidade já tem outros 12 casos confirmados da doença e outro de influenza B.

Já em Lavras, no Sul de Minas, 12 casos foram notificados e um confirmado. O paciente está internado em um hospital em boa recuperação, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Ele deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Uma morte está sendo investigada. Para tentar diminuir a incidência do vírus, a Vigilância em Saúde iniciou a distribuição de materiais informativos e faz palestras em hospitais, escolas, empresas e universidades.

Em Campo Belo, sete casos suspeitos foram notificados e duas mortes estão sendo investigadas. Em Nepomuceno, três mortes são apuradas. Em Varginha, um homem de 27 anos que havia ingressado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com suspeita da doença recebeu alta.

Para Tatiane Bettoni, coordenadora de doenças e agravos transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, até o momento não há surto em Minas, que seria definido por uma concentração do número de óbitos em uma localidade determinada, o que não é o caso. “Os dados parciais da influenza estão dentro do esperado, apesar da sazonalidade atípica, que se antecipou no outono, provavelmente em função do start de São Paulo”, disse.

Segundo a técnica, os casos são recentes para se caracterizar um surto em Minas, mas o monitoramento será intensificado e, como forma de prevenção, a campanha de vacinação pública está sendo antecipada em uma semana, com total prioridade para as cidades que registraram mortes pela influenza.

Vacinação

A boa notícia para os moradores dessas cidades foi divulgada nesta quinta-feira pela SES. Minas Gerais recebeu 1.319.600  de doses da vacina contra a gripe, o que representa 25% do total que será enviado. A meta é vacinar 80% da população-alvo, que é de 3.898.343 de pessoas.

Os grupos prioritários são pessoas com 60 anos ou mais de idade; crianças na faixa etária de seis meses a menores de cinco anos; gestantes; puérperas (até 45 dias após o parto); trabalhadores de saúde; povos indígenas e pessoas com doenças crônicas como diabetes, asma, bronquite, por exemplo, e outras condições clínicas especiais, como transplantados.

Para evitar a propagação do vírus são recomendadas medidas de higiene como lavar bem as mãos com água e sabão com frequência, utilizar o antebraço ou o lenço de papel quando for tossir ou espirrar (evitando assim cobrir a boca com as mãos), evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies, não compartilhar objetos de uso pessoal e manter os ambientes bem ventilados.


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