As investigações policiais duraram cinco meses e foram coordenadas pelo delegado Marcelo Teotônio, graças a uma denúncia da vítima, que compareceu à polícia no fim do ano passado junto com a mãe para relatar os abusos. Segundo o delegado, a violência aconteceu entre 2011 e 2015 e foram contabilizados mais de 10 ataques. Os abusos não chegaram a uma conjunção carnal, mas as investigações mostraram que o ex-prefeito de Mariana chegou a tirar as roupas da jovem, além de acariá-la e beijá-la.
Cássio Brigolini foi prefeito de Mariana em duas ocasiões. Na primeira delas, concluiu o mandato entre 1989 e 1992. Já no segundo mandato, que começou em 1997, ele foi cassado pela Câmara Municipal de Mariana em 1999. Várias ações foram movidas contra ele, entre as quais o uso de dinheiro público para pagamento de débitos particulares e fraudes em licitações para a reforma de escolas municipais.
Na mesma decisão que autorizou o pedido de prisão preventiva de Brigolini, a Justiça de Mariana aceitou a denúncia do Ministério Público com base na investigação de estupro de incapaz feita pela Polícia Civil e ele já é considerado réu no processo. "Nossa intenção é que ele responda ao processo preso", afirma o delegado Marcelo Teotônio.
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