As duas últimas máquinas que eram usadas para limpar rejeitos de mineração em distritos de Mariana, na Região Central de Minas Gerais, furtadas por criminosos em janeiro, foram recuperadas. As escavadeiras foram encontradas em um areal na cidade de Itaboraí, no interior do Rio de Janeiro, e estavam sendo usadas em uma obra. Um dos operadores foi detido e levado para a delegacia para prestar depoimento. Dois homens apontados como responsáveis pelos furtos ainda não foram encontrados.
O roubo foi registrado em 11 de janeiro. Segundo as investigações, nos primeiros dias de 2016 a Prefeitura de Mariana foi procurada por dois homens, que se identificaram como Lucas Cunha e Anderson Vieira, e disseram ser funcionários da Construtora e Transportadora HCS, com sede no Rio. Os golpistas firmaram um contrato com a administração municipal, afirmando que a companhia queria ajudar na abertura e cascalhamento de estradas destruídas com o rompimento da Barragem do Fundão, que aconteceu em 5 de novembro.
Em 15 de janeiro, uma das máquinas roubadas foi encontrada no Bairro Vila Maquiné, a dois quilômetros do Centro Histórico de Mariana. O local fica a aproximadamente 30 quilômetros do ponto onde era utilizada na recuperação das vias do subdistrito de Paracatu de Baixo. Em março, uma escavadeira hidráulica modelo JS200 foi encontrada em Saquarema, no interior fluminense.
Segundo a assessoria de imprensa da Lafaete Locações, dona das máquinas, os últimos dois equipamentos foram encontrados na noite de sexta-feira. Policiais da 71ª DP do Rio de Janeiro receberam uma denúncia anônima sobre os equipamentos roubados e foram até o areal na zona rural de Itaboraí. Lá, encontraram as duas máquinas em funcionamento. Um operador foi detido e levado para a delegacia para prestar depoimento. Os equipamentos passaram por perícia e depois foram levados para uma filial da Lafaete na capital do rio.
As investigações sobre o caso são conduzidas pelo delegado Rodrigo Bustamante, de Mariana. Segundo ele, informações sobre o roubo foram repassadas à Polícia Civil do Rio de Janeiro, mas os principais suspeitos ainda não foram encontrados. “Conseguimos algumas informações quando encontramos a máquina em Saquarema. Podemos ter outros desdobramentos”, afirmou.