Do fim de março até ontem, o Laboratório Hermes Pardini aplicou 19 mil doses da vacina tríplice. A advogada Fabiana Martins, de 32 anos, retirou sete senhas para o imunizante, que protege contra os vírus A H1N1, H3N2 e contra o influenza B. Ela busca proteção para si própria, para a mãe, Maria Cleres Martins, de 56, para a doméstica Ana Cristina de Souza, de 30, para o marido e três funcionários dele. Na tarde de ontem, a espera para receber a dose chegava a duas horas.
Ela acredita que, diante do surto em São Paulo e o aparecimento de casos em Belo Horizonte, o poder público deveria antecipar a vacinação gratuita, prevista para o fim do mês. “O governo deveria disponibilizar vacina gratuita para toda a população, e de maneira imediata. É dever do Estado. Eu tenho condição de pagar, mas a maioria não consegue pagar R$ 90 por uma vacina”, pondera. A economista franco-chilena Margaux Celedón, de 53, também recebeu uma dose da proteção. Ela pretende, nos próximos dias, viajar a trabalho para São Paulo, onde 70 pessoas já morreram devido ao H1N1..