Os servidores estaduais da Saúde decidiram, em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira, entrar em estado de greve. A categoria aguarda um posicionamento do governo de Minas Gerais sobre reivindicações como reestruturação de plano de carreira e reajuste salarial, até o dia 19. Caso não tenham resposta, decidiram iniciar greve a partir de 25 de abril. Hoje eles marcaram paralisação das atividades por 24 horas em unidades de todo o estado.
O ato dos trabalhadores começou por volta das 7h desta quarta-feira. Em algumas unidades, como na Fundação Hemominas, faixas foram colocadas nas paredes e panfletos entregues para os usuários. Nós paramos para analisar a proposta do governo sobre os novos pontos de pauta que encaminhamos”, afirmou Renato Barros, diretor do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde).
Além do Hemominas, a paralisação atingiu algumas unidades da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), como o Hospital João XXIII e o Hospital Infantil João Paulo II.
Os servidores estaduais de saúde pedem reajuste salarial, com a inflação no período, restruturação do plano de carreira, redução da jornada de 40 para 30 horas semanais, mudança da data base do mês, entre outros. “Já foi aprovado que, se o governo não fizer nenhuma proposta até dia 19, em 25 de abril teremos a greve”, comentou o diretor do Sind-Saúde. De acordo com a Fhemig, o atendimento continuou normal em todas as unidades da rede.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde informou que foi concedido auxílio-creche a os servidores da Escola de Saúde Pública (ESP), extensão do pagamento da gratificação complementar para todos os trabalhadores da Unimontes tão logo o Governo do estado não esteja mais sob as vedações da Lei de Responsabilidade Fiscal, retorno das promoções e progressões da carreira a partir do mês de abril deste ano, e extensão do abono incorporável aos bolsistas da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
Ainda de acordo com a SES, as demais reivindicações estão sendo analisadas e serão novamente debatidas na próxima reunião com representantes do Sind-Saúde, que deve acontecer até a próxima semana. .