Enquanto isso, Copasa garante que a “operação do abastecimento de água do Sistema Paraopeba é definida a partir da análise diária do nível dos reservatórios e da vazão do Rio Paraopeba, levando-se em conta aspectos como a demanda de água da população, volume de chuva e temperatura no período”, diz a empresa. A companhia responsável pelo abastecimento na Grande BH tem à disposição uma quinta captação, que foi feita em caráter emergencial diretamente do Rio Paraopeba, em Brumadinho, na Grande BH, para garantir a recuperação dos reservatórios e assegurar uma segurança hídrica na região para os próximos 20 anos.
Mesmo em um período que tem dados de chuva que já indicam a proximidade da seca, a Copasa continua usando o Rio Paraopeba, por conta da vazão do manancial que permite esse tipo de operação. A medida que a temporada de estiagem for ficando mais severa, a empresa deverá voltar a aumentar gradativamente o uso das águas das represas. A preservação desses sistemas desde dezembro, quando foi inaugurada a obra emergencial, possibilitou que o Sistema Paraopeba chegasse na manhã desta quinta-feira a 56,6%, marca alcançada pela última vez em junho de 2014.
A recuperação acelerada também contou com o aumento das chuvas no início do ano. Em janeiro, por exemplo, choveu 571 milímetros no Sistema Rio Manso, mais que o dobro previsto para o primeiro mês do ano (288.15 mm). As precipitações nas represas de Vargem das Flores, Serra Azul e no Rio das Velhas também superaram os parâmetros históricos. Já em fevereiro, chuvas acima da média foram registradas no Rio das Velhas e na represa do Rio Manso.
CORTE NO FORNECIMENTO No próximo domingo, moradores de Belo Horizonte e de oito municípios da região metropolitana devem ficar atentos e se programarem. A Copasa vai cortar o abastecimento de água para execução de obras de manutenção na estação elevatória de água tratada instalada no Bairro Novo Amazonas, em Betim, na Grande BH. Somente na capital mineira, mais de 100 bairros serão atingidos.