Foi decretada pela Prefeitura de Montes Claros (Norte de Minas), nesta quinta-feira, situação de emergência no município, devido aos prejuizos da seca. A população do município também continua convivendo com o rodizio no fornecimento de água, iniciado pela Copasa em outubro de 2015.
Em janeiro, depois de quatro anos de estiagens consecutivas no Norte de Minas, foi registrado um bom volume de chuvas na região, garantindo a recuperação de dezenas de rios e córregos que estavam completamente secos até dezembro de 2015. Em Montes Claros, foram registrados cerca de 400 milimetros em janeiro. Mas de lá prá praticamente nao choveu mais, com a situação dos pequenos produtores rurais voltando a se complicar.
O decreto da situação de emergência da chefia do Executivo de Montes Claros foi baseado em relatório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG) sobre os impactos negativos na zona rural do município. “Houve perdas de 80% da lavoura. Além disso, duas mil cabeças de gado já foram perdidas”, informa o gerente regional da Emater-MG, Ricardo Demicheli. Ele disse ainda que o órgão tem orientado os produtores a se desfazerem de parte do rebanho,” sob pena de comprometer a totalidade da criação”.
O secretário-adjunto municipal de Meio Ambiente de Montes Claros, Edvaldo Marques, disse que as familias estao sendo orientadas a racionar o uso da água. Ele salientou que o decreto de emergência também vai facilitar a liberação, por parte do Departamento de Obras Contra as Secas (Dnocs) e da Companhia de Desenvolviomento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), de equipamentos de sistemas simplicados de abastecimento de água , para amenizar o drama de familias atingidas pela seca na zona rural.
A expectativa é de viabilizar também o seguro safra do Governo Federal, para atendimento aos agricultores que perderam suas lavouras por conta da falta de chuvas.