A Polícia Civil investiga a ligação entre uma quadrilha de tráfico de drogas que atuava nos bairros Milionários e Vila Bernadete, na Região do Barreiro, com o Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa que atua em São Paulo. O grupo foi preso durante investigação do Departamento de Operações Especiais (Deoesp) e apresentado nesta sexta-feira. Os nove presos foram identificados depois que parte do bando tentou roubar um carro de um policial civil.
As investigações começaram em outubro do ano passado, quando um dos integrantes da quadrilha tentou roubar o carro de um investigador da policia civil. Na ocasião, o agente brigou com o assaltante e trocou tiros com ele. A ação evitou o assalto. “A partir dai, iniciamos os trabalhos de investigação e conseguimos prender toda a quadrilha”, afirma o delegado Ramon Sandoli, um dos responsáveis pelo caso.
O crime contra o policial foi encomendado por Marcelo Oliveira Pereira, o Bahiano, um dos lideres do bando, e Marco Junior Carvalho dos Santos, 25, o Juninho, apontado como o gerente da organização. Os dois foram detidos na Operação Lenda. Além deles, foram presos, Pedro Henrique Machado de Carvalho, 25, o Pedrinho, Ytalo Tallison Pelc Vieira, 19, o Lorinho, Brian Richard Alves, 20, o Brainha, Marcos Fernandes Mendes, de 23, o Marquinho, Rafael Novasik Barbosa, 20, o Rafa, Warley Burnier de Lima, de 23, Cunhado, e Juliana Aparecida Carvalho Alves, de 32, tia de Juninho.
Nas ações, também foi apreendido 1,5 quilo de maconha, um tablete de pasta base de cocaína, centenas de pinos contendo a mesma droga, duas pistolas calibre 9mm, diversos pinos para armazenar drogas, três balanças de precisão, munições, anotações com contabilidade do tráfico, R$ 7 mil em dinheiro, 10 aparelhos celulares, uma motocicleta Honda/ NXR 150, um veiculo Toyota /Corolla e um veiculo Fiat/ Uno Vivace.
Segundo o delegado Ramon Sandoli, a quadrilha atuava no tráfico de drogas e roubos de veículos. Além de ter organização, tinham contatos com outras organizações criminosas. “Um dos líderes da quadrilha tinha ligação com o PCC”, explicou. As investigações continuam para tentar identificar vítimas dos criminosos.