Marinha não revela impacto de rejeitos, denuncia ONG

Organização não governamental do Espírito Santo reclama que investigações feitas pelo navio Vital de Oliveira sobre a lama de Mariana no mar estão sendo mantidas em sigilo

Márcia Maria Cruz
A organização não governamental Transparência Capixaba, que atua no Espírito Santo, questionou o sigilo sobre o resultado de pesquisas feitas pelo navio da Marinha Vital de Oliveira, no fim do ano passado, no litoral do estado.
Por meio de sondagens, o navio investiga o impacto dos rejeitos provenientes do rompimento da Barragem do Fundão no ecossistema marinho. As análises tomaram como parâmetros temperatura, salinidade, organismos presentes na água e sedimentos do fundo.

O secretário-geral da Transparência Capixaba, Edmar Camata, fez pedido para ter acesso aos resultados das pesquisas, em 4 de abril, mas foi informado que os estudos estavam sob sigilo.A ONG, que integra o Fórum Capixaba em Defesa da Bacia do Rio Doce, acionou a Lei da Transparência para obter os dados.

Em nota, a Marinha informou que não lhe cabe divulgar as informações, uma vez que repassou aos órgãos ambientas, como o Ibama, os dados coletados. Caberia, assim, a esses órgãos apresentar parecer técnico conclusivo. Durante a primeira fase de trabalhos foram coletadas mais de 390 amostras de água e sedimentos em 21 estações. Na segunda fase, os pesquisadores realizaram coletas em três novos pontos, totalizando 24 locais de coleta..