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Estado de Minas

Minas tem 59 mortes por dengue em 2016

Em apenas uma semana foram mais nove óbitos e número de casos saltou de 318.960 para 349.500


postado em 19/04/2016 18:57 / atualizado em 19/04/2016 23:12

Em uma semana, Minas Gerais registrou mais nove mortes em consequência da dengue, somando 59 óbitos este ano. Há ainda 164 casos de pacientes que morreram sob suspeita da doença, conforme balanço divulgado no começo da noite desta terça-feira pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG). Desde o último relatório, o número de casos prováveis saltou de 318.960 para 349.500, aumento de 9,5%.

Desde 2013, quando houve 414.548 registros de pacientes com a doença, os mineiros não vivem um quadro epidêmico de tamanha proporção. A soma destes 110 dias de 2016 já representa 84,3% de todos os casos daquele ano, considerado até então o pior índice de contaminação pela doença nos últimos cinco anos. Em 2015, a soma foi de 196.136 pessoas infectadas com dengue, o que representa 56,1% dos números parciais deste ano.

A faixa etária com maior número de contaminados pela doença é de 20 a 34 anos: de acordo com os dados da SES, são 105.521 pacientes, cerca de 30% do total. Mas são as pessoas acima de 80 anos que menos resistem. Das 3.569 contaminadas, 1% do total, 16 morreram (0,4%). No caso dos idosos entre 65 e 79 anos foram 18.703 contaminações e 11 óbitos. A SES confirmou, ainda, a morte de uma criança menor de 1 ano de idade.

Em 2016 já foram analisadas 946 amostras para detecção do vírus dengue, das quais 366 tiveram resultados detectáveis, o que representa positividade de 38,93%. Dessas amostras, 363 identificaram o sorotipo DENV-1 e três amostras detectáveis indicaram DENV-2, no município de Uberaba.

A dengue é uma doença febril aguda, causada pelos vírus DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4, transmitida pela picada do Aedes aegypti. Em janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou uma vacina contra os vírus, mas ainda não há campanha na rede pública. O mosquito é também vetor das febres chikungunya e zika.

Este ano, de acordo com o balanço da SES, foram confirmados 20 registros de febre chikungunya no estado, com uma suspeita de morte. Do total, oito casos são considerados importados e os outros 12, com confirmação laboratorial, são de infecções ocorridas em cidades mineiras, sendo duas em Ipatinga, Vale do Aço, nove em Santa Luzia e uma em Contagem, ambas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O paciente de Contagem morreu e as causas estão sendo apuradas.

Já os casos de zika vírus em Minas somam 1.955 confirmações, este ano. Desses, 14 foram casos confirmados em laboratório, sendo cinco na capital, dois em Curvelo, dois em Teófilo Otoni e um em Cataguases, Coronel Fabriciano, Uberaba, Arcos e Virgem da Lapa. Por critério clínico-epidemiológico, nos municípios com comprovada circulação do vírus já são 1.941 registros. Do total de notificações no ano passado, confirmaram-se laboratorialmente apenas três casos de zika: em BH, Coronel Fabriciano e Sete Lagoas.

Até esta terça-feira, a Secretaria de Saúde de Minas havia confirmado que 170 gestantes apresentavam doença aguda, contaminadas pelo vírus zika. Foram notificados ainda 93 casos de monitoramento da microcefalia no estado, com 50 descartados e 41 em investigação. Há duas confirmações, sendo um diagnóstico de  aborto espontâneo associado à infecção pelo zika, em Sete Lagoas, na Região Central. A outra confirmação de microcefalia tem por base exames de imagem que sugerem infecção congênita, de uma mulher de Montes Claros, no Norte mineiro, porém, sem associação com vírus.


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