(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Falta de remédio ameaça vida de menino de 6 anos com doença rara

Portador de doença genética que afeta os órgãos e a locomoção, garoto obteve na Justiça direito de receber da Secretaria de Saúde remédio que custa US$ 6 mil por semana. Fornecimento está atrasado e órgão alega dificuldades na importação


postado em 20/04/2016 18:29 / atualizado em 21/04/2016 07:45

(foto: Álbum de família/Divulgação)
(foto: Álbum de família/Divulgação)
"Há três meses não conseguimos que a Secretaria de Estado da Saúde nos forneça o remédio. O estado diz apenas que está comprando", Renata Alves, professora e mãe de Jair

A família do pequeno Jair Aguiar Ribeiro Emery Alves, de 6 anos, vive um drama. O garoto é vítima de mucopolissacaridose, uma doença genética, rara e progressiva, que afeta os órgãos e a locomoção. O remédio para retardar a evolução da moléstia é o elaprase, uma enzina importada dos Estados Unidos. “Há três meses, porém, não conseguimos que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) nos forneça o remédio. O estado diz apenas que está comprando”, lamenta a mãe do menino, a professora Renata Alves, de 39.

Os três frascos que a criança necessita a cada semana custam US$ 6 mil (US$ 2 mil cada), mas, sem renda suficiente, a família precisou recorrer à Justiça para que o estado garantisse o medicamento. O garoto está sendo medicado com enzimas doadas por pais cujos filhos com o mesmo problema morreram. “Só temos quantidade suficiente para esta semana”, completou a mãe.

Os primeiros sintomas da doença apareceram quando Jair tinha 2 anos e 8 meses. Desesperada, a família recorreu à Justiça em dezembro de 2012. Três meses depois, o Judiciário determinou ao estado o fornecimento do remédio à criança.

“A cabeça cresce um pouco acima da média. O fígado dele aumentou em 60%. As mãozinhas e as perninhas ficam duras. O único tratamento é a enzima, que é uma proteína diluída no soro. Retarda o avanço da doença. Sem as enzinas, muitas crianças falecem com aproximadamente 13 anos de idade. Com o remédio, vivem, por exemplo, 20 anos”, disse a professora.

Em nota, a SES informou que “realizou, na semana passada, um pregão para a aquisição da enzima. Contudo, ainda não é possível dar uma previsão de sua chegada no Brasil, pois, por se tratar de uma substância importada, passa por trâmites legais até sua efetiva liberação e chegada à secretaria. Contudo, a SES está envidando todos os esforços necessários para agilizar a liberação da enzima e disponibilizá-la aos pacientes”.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)