“O sertão é do tamanho do mundo.” João Guimarães Rosa soube descrever como ninguém a vastidão desse universo que cabe no coração das Gerais. O sertão mineiro fez parte de todos os seus escritos, seja retratando lugares ou pessoas. Neste ano de 2016, quando sua obra maior, Grande Sertão: Veredas, completa 60 anos de publicação, uma viagem por municípios que compõem o roteiro roseano mostra em cada detalhe que o mestre tinha razão: a imensidão dessas paisagens é uma provocação ao olhar e um convite às lentes. Convite aceito neste ensaio fotográfico, pois se é ano de Rosa, é tempo de celebrar a literatura e principalmente o sertão mineiro. Na obra-prima dedicada a essa riquíssima paisagem, 230 localidades são citadas. De acordo com Alan Viggiano, no livro Itinerário de Riobaldo Tatarana – geografia e toponímia em Grande Sertão: Veredas (Editora Crisálida) todas podem ser encontradas no mapa. Um nome ou outro pode ter mudado com o tempo, mas nada foi inventado. Venho mergulhando no universo de Rosa há alguns anos. Aqui estão retratados alguns registros e recortes visuais dessas andanças pelos caminhos roseanos. Mas que ninguém espere que o sertão tenha fim. Nonada. Travessia...