Servidores da saúde e educação de Contagem, que estão em greve, protestaram na porta do prédio da Prefeitura de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira. O protesto, no entanto, virou confusão depois dos funcionários forçarem a entrada na sede do Executivo municipal.
A Polícia Militar (PM) foi acionada pela Guarda Municipal para reforçar a segurança no local. Houve tumulto e uso de spray de pimenta. Segundo a PM de Contagem, a manifestação começou por volta de 9h37 e contava com 80 servidores.
Mesmo com o tumulto, os servidores continuam na porta da prefeitura para tentar uma negociação com a administração municipal. A categoria, que está parada desde 22 de março, reivindica recomposição salarial, redução da jornada do quadro administrativo de 30 horas para 22 horas e 30 minutos, alteração no padrão da carreira de 2% para 2,5%, valorização profissional, que envolve condições de trabalho e saúde do trabalhador, e o fim da terceirização. “Queremos, também, que parem o corte dos pontos dos grevistas. Tem trabalhador que vai receber somente R$ 500 neste mês”, comentou Olímpio.
Em nota, a Prefeitura de Contagem informou que representantes da categoria de educadores e de servidores da saúde estavam sendo recebidos pelo secretário de Administração, Amarildo de Oliveira. A administração anunciou ainda que encaminhará à Câmara Municipal, dentro de 10 dias, projeto de lei com a proposta do governo para a educação, que contempla a categoria com recomposição salarial de 19,7% (referente aos anos de 2014 e 2015), percentual pago em quatro parcelas anuais, a partir de maio de 2017.
Além disso, foram propostos pelo governo ganhos na progressão da carreira, sobindo dos atuais 2% para 2,5%, a partir de janeiro de 2017, com impacto financeiro de, aproximadamente, R$ 16 milhões anuais na folha de pessoal, entre outros pontos.
Sobre a saúde a prefeitura informou que teve uma reunião com representante dos servidores para tentar um acordo, e que ficou definido que as questões do reajuste salarial serão discutidas a partir de maio, data-base da categoria. Afirmou, ainda, que conseguiu liminar na Justiça para que seja mantida nas unidades básicas de saúde (UBSs) e centros de saúde de média complexidade 50% da escala de trabalho e nas unidades de urgência (UPAs e hospitais), 70 % do quadro. Caso a decisão não seja cumprida, a entidade sindical poderá que arcar com multa diária de R$ 50 mil em ambos casos.