Enquanto o crescimento no número de casos de dengue deu uma leve freada, os de gripe são os que ligam o alerta das autoridades de saúde de Minas Gerais. As mortes por influenza aumentaram 27,7% em relação ao último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) na última segunda-feira. Os dados desta quinta-feira mostram que a maioria das mortes, 14, foi causada pelo vírus H1N1, duas a mais do que o levantamento anterior. Um dos novos óbitos registrados por influenza foi em Belo Horizonte.
O número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) também segue em alta em Minas Gerais. Já foram notificados 972 casos do mal, sendo que das 583 amostras já coletadas e processadas, 87 foram causadas por influenza e nove por outros vírus respiratórios. Em relação ao último boletim, as notificações tiveram um aumento de 24,4%. Houve um acréscimo de 191 pessoas com suspeita de Srag.
Entre os casos de influenza, 52 foram pelo subtipo A (H1N1), o que representa 64,2% do total. Outros 29 casos por influenza A sem subtipo definido e seis por influenza B. Dos 87 diagnósticos de influenza, 23 terminaram em morte.
As cidades com os maiores números de mortes por H1N1 são Frutal, na Região do Triângulo Mineiro, e Campo Belo, na Região Centro-Oeste, com três registros cada uma. O último município ainda tem confirmado um óbito por influenza A não subtipada. Também tiveram mortes pelo H1N1 Lavras, Extrema, Andradas, Monte Santo de Minas, todas na Região Sul de Minas Gerais, Funilândia, na Região Central, Juiz de Fora, na Zona da Mata, além de Betim e Contagem, na Grande BH.
Belo Horizonte entrou para a lista das cidades com mortes por influenza. Segundo a SES, um paciente morreu depois de contrair o vírus influenza A sem subtipo definido. Já a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) indica que duas pessoas morreram na capital mineira vítimas do influenza. Porém, são pacientes de outros municípios que se dirigiram a BH em busca de tratamento. Guaxupé, no Sul de Minas, tem dois óbitos desse tipo, Ribeirão das Neves e Santa Luzia, na região metropolitana, e Senador Amaral, têm uma morte cada. Astolfo Dutra, na Zona da Mata, registrou um óbito por influenza B.
Os dados da SES mostram um aumento no número de casos de vírus H1N1 nos últimos anos.