A família do mineiro Fernando Couto, de 36 anos, encontrado morto no último dia 22 no interior de um apartamento em Buenos Aires, na Argentina, deve viajar esta semana ao país vizinho para retirar o corpo dele do Instituto Médico-Legal (IML) da cidade.
O estudante de medicina estava no país havia duas semanas, quando foi vítima de uma intoxicação por gás, vazado de um chuveiro do apartamento onde estava morando para estudar. A causa da morte – até então a suspeita era de mal súbito – foi esclarecida e divulgada em um laudo enviado por e-mail pelo Ministério das Relações Exteriores à mãe de Fernando, Maria Lílian Soares. De acordo com o irmão, o administrador Marcelo Couto, o consulado-geral do Brasil em Buenos Aires está prestando apoio à família, que é da cidade de Formiga (Centro-Oeste) e aguarda agora a liberação do corpo.
“Estamos todos muito tristes com esta situação, que é muito difícil. Vamos decidir quem de nós vai a Buenos Aires e talvez vamos cremar o corpo lá. Ainda aguardamos a liberação do corpo para tomar as decisões”, disse Marcelo, notoriamente abalado com a perda do irmão. Apesar da dor, o familiar diz que a conclusão do laudo traz um alívio. “Algumas situações já haviam sido descartadas, como assassinato ou autoextermínio, porque não havia nenhum sinal de violência. A suspeita era de um mal súbito.
LIBERAÇÃO Fernando é veterinário e viajou para a Argentina para estudar medicina. Era casado e não tinha filhos. Segundo Marcelo, ele já havia comentado com a esposa que o chuveiro apresentava problemas e que no dia anterior à morte um bombeiro fez uma manutenção no aparelho. “Durante a noite, ele contou que havia acabado de tomar o primeiro banho quente lá. Pelo que tudo indica, à noite houve algum tipo de vazamento de gás e ele inalou tudo isso enquanto dormia”, disse o irmão da vítima. A família aguarda informações do Itamaraty sobre quando viajar.