Moradores do Bairro Mangabeiras vão encaminhar um requerimento ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) suplicando providências para aumentar a segurança pública no tradicional bairro da Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Eles querem, sobretudo, intervenções no mirante conhecido como Caixa d’Água, na Rua Ministro Vilas Boas, próximo à Escola Guignard.
O local, onde há uma unidade da Copasa, virou palco de bailes funks não autorizados pelo poder público. Boa parte dos frequentadores migraram dos eventos semelhantes que ocorriam na Praça do Papa, onde a fiscalização foi intensificada a partir de fevereiro, depois de um casal de jovens ser espancado e morto durante um baile funk.
“Queremos ações proativas da prefeitura, como, talvez, a presença de guardas municipais no local”, disse Rodrigo Bedran, presidente da associação. Outra medida defendida pela entidade é a proibição de veículos no local, o que impediria a presença dos carros de som usados nos bailes clandestinos.
Os moradores não descartam ainda solicitar medidas mais radicais, como o fechamento do mirante no horário noturno, a exemplo do que ocorre com o que existe atrás do Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador do estado. Neste, contudo, há uma estrutura – guarita, portão e seguranças – que permite o fechamento.
Por meio da Regional Centro-Sul, a prefeitura informou que “fará um levantamento de informações junto aos órgãos envolvidos (Superintendência de Limpeza Urbana, Guarda Municipal, Polícia Militar e Sudecap) para promover um planejamento adequado com o objetivo de melhorar a segurança no referido mirante”. No que compete à Centro-Sul, continua a regional, “a manutenção do local é constante, com limpeza realizada semanalmente e capina a cada três meses”.
Já o comandante da PM responsável pela área, tenente-coronel Olimpo, do 22º Batalhão, não foi encontrado para comentar o assunto. Na sexta-feira, porém, moradores se reuniram com militares para discutir o assunto. No grupo de uma rede social, policiais relataram parte do encontro.
“O comando do 22º Batalhão da PM destacou que não houve crescimento da criminalidade contra os moradores do bairro, mas que está preocupado com o aumento de prisões de pessoas armadas. Esse aumento de prisões e apreensões indica uma maior presença e maior eficiência da PM, além da Guarda Municipal”, comentou um policial com patente de capitão.
Ainda segundo o militar, “um problema levantado pelos moradores foi o Mirante da Caixa d’ Água. O comando da PM destacou que as prisões no mirante aumentaram (…). Uma solução defendida por todos é o fechamento do local durante a noite, como foi feito no mirante da Praça do Papa”.
Há cerca de um mês, um policial à paisana matou um menor infrator no mirante da Caixa d’Água. Na madrugada de 5 de abril, o militar e a namorada foram abordados e retirados do carro por três marginais. Um deles atirou contra a vítima, que revidou e o acertou no peito. O ladrão, que tinha 17 anos, foi socorrido por uma equipe do Samu, mas não resistiu ao ferimento.
INVASÕES Os moradores acreditam que o maior policiamento no mirante e as medidas que dificultam a realização de bailes funk podem reduzir a onda de invasões às mansões. No último domingo, mais uma quadrilha entrou numa residência. O prejuízo, contabiliza a família, gira em torno de R$ 1 milhão.
cronologia dos crimes
Ocorrências violentas registradas no Mangabeiras em 2016
3/2
Um casal de jovens é espancado e morto durante um baile funk clandestino na Praça do Papa. As vítimas, Vitor Almeida de Oliveira, de 23 anos, e Lara Ferraz Medina da Silva, de 16, participavam de um evento chamado de Segunda sem lei.
14/3
Marginais invadiram uma casa e mantiveram a família amarrada por cerca de 12 horas. O grupo fugiu com R$ 500 mil em joias e relógios.
5/4
Um policial militar a paisana reagiu a um assalto, no mirante Caixa da Copasa, e matou um menor infrator de 17 anos. Outros dois ladrões conseguiram fugir.
30/4
A PM prendeu três suspeitos de assaltar uma casa no Mangabeiras. O trio havia roubado, dias antes, um Fox no bairro. No dia seguinte, os criminosos retornaram ao Mangabeiras e invadiram a casa.
O local, onde há uma unidade da Copasa, virou palco de bailes funks não autorizados pelo poder público. Boa parte dos frequentadores migraram dos eventos semelhantes que ocorriam na Praça do Papa, onde a fiscalização foi intensificada a partir de fevereiro, depois de um casal de jovens ser espancado e morto durante um baile funk.
“Queremos ações proativas da prefeitura, como, talvez, a presença de guardas municipais no local”, disse Rodrigo Bedran, presidente da associação. Outra medida defendida pela entidade é a proibição de veículos no local, o que impediria a presença dos carros de som usados nos bailes clandestinos.
Os moradores não descartam ainda solicitar medidas mais radicais, como o fechamento do mirante no horário noturno, a exemplo do que ocorre com o que existe atrás do Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador do estado. Neste, contudo, há uma estrutura – guarita, portão e seguranças – que permite o fechamento.
Por meio da Regional Centro-Sul, a prefeitura informou que “fará um levantamento de informações junto aos órgãos envolvidos (Superintendência de Limpeza Urbana, Guarda Municipal, Polícia Militar e Sudecap) para promover um planejamento adequado com o objetivo de melhorar a segurança no referido mirante”. No que compete à Centro-Sul, continua a regional, “a manutenção do local é constante, com limpeza realizada semanalmente e capina a cada três meses”.
Já o comandante da PM responsável pela área, tenente-coronel Olimpo, do 22º Batalhão, não foi encontrado para comentar o assunto. Na sexta-feira, porém, moradores se reuniram com militares para discutir o assunto. No grupo de uma rede social, policiais relataram parte do encontro.
“O comando do 22º Batalhão da PM destacou que não houve crescimento da criminalidade contra os moradores do bairro, mas que está preocupado com o aumento de prisões de pessoas armadas. Esse aumento de prisões e apreensões indica uma maior presença e maior eficiência da PM, além da Guarda Municipal”, comentou um policial com patente de capitão.
Ainda segundo o militar, “um problema levantado pelos moradores foi o Mirante da Caixa d’ Água. O comando da PM destacou que as prisões no mirante aumentaram (…). Uma solução defendida por todos é o fechamento do local durante a noite, como foi feito no mirante da Praça do Papa”.
Há cerca de um mês, um policial à paisana matou um menor infrator no mirante da Caixa d’Água. Na madrugada de 5 de abril, o militar e a namorada foram abordados e retirados do carro por três marginais. Um deles atirou contra a vítima, que revidou e o acertou no peito. O ladrão, que tinha 17 anos, foi socorrido por uma equipe do Samu, mas não resistiu ao ferimento.
INVASÕES Os moradores acreditam que o maior policiamento no mirante e as medidas que dificultam a realização de bailes funk podem reduzir a onda de invasões às mansões. No último domingo, mais uma quadrilha entrou numa residência. O prejuízo, contabiliza a família, gira em torno de R$ 1 milhão.
cronologia dos crimes
Ocorrências violentas registradas no Mangabeiras em 2016
3/2
Um casal de jovens é espancado e morto durante um baile funk clandestino na Praça do Papa. As vítimas, Vitor Almeida de Oliveira, de 23 anos, e Lara Ferraz Medina da Silva, de 16, participavam de um evento chamado de Segunda sem lei.
14/3
Marginais invadiram uma casa e mantiveram a família amarrada por cerca de 12 horas. O grupo fugiu com R$ 500 mil em joias e relógios.
5/4
Um policial militar a paisana reagiu a um assalto, no mirante Caixa da Copasa, e matou um menor infrator de 17 anos. Outros dois ladrões conseguiram fugir.
30/4
A PM prendeu três suspeitos de assaltar uma casa no Mangabeiras. O trio havia roubado, dias antes, um Fox no bairro. No dia seguinte, os criminosos retornaram ao Mangabeiras e invadiram a casa.