(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Quadrilha envolvida em tiroteios no Aglomerado da Serra é suspeita de cinco mortes

O grupo denominado Organização Terrorista da Sacramento (OTS), um dos responsáveis pela série de conflitos no local em janeiro, foi apresentado nesta terça-feira


postado em 03/05/2016 14:08 / atualizado em 03/05/2016 21:10

Mais de 3,5 mil microtubos usados para embalar drogas foram apreendidos com o grupo(foto: Polícia Civil / Divulgação)
Mais de 3,5 mil microtubos usados para embalar drogas foram apreendidos com o grupo (foto: Polícia Civil / Divulgação)
Uma quadrilha violenta, sem pudor e que agredia até mesmo familiares e moradores. Assim é descrito pela Polícia Civil o grupo apontado como um dos responsáveis pela série de conflitos no Aglomerado da Serra, o maior conjunto de favelas de Belo Horizonte, em janeiro deste ano. Os acusados de liderar o bando foram presos em várias fases da Operação Piracema e apresentados nesta terça-feira no Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Eles são suspeitos de pelo menos cinco homicídios.

As investigações contra a quadrilha começaram antes mesmo de estourar a guerra entre gangues que amedrontou moradores locais e do entorno. O grupo era suspeito de um homicídio que aconteceu em setembro de 2015 no conjunto de favelas. “Resolvemos fazer operações contra o tráfico de drogas, e passamos a monitorar a organização criminosa. Com isso, conseguimos montar o organograma com os líderes, os gerentes e todos os outros postos da quadrilha”, explicou a delegada Ingrid Estevam, responsável pelo caso.

Porém, em janeiro deste ano, o acordo de paz entre as quadrilhas do aglomerado foi quebrado depois de um tiroteio. Segundo as investigações, um rapaz foi baleado ao entrar em uma área comandada por integrantes da gangue. A vítima, identificada como Batata, foi atacada quando levava a namorada de moto até a Rua Sacramento.

Táxi usado por um dos integrantes da quadrilha para entregar drogas(foto: Polícia Civil / Divulgação)
Táxi usado por um dos integrantes da quadrilha para entregar drogas (foto: Polícia Civil / Divulgação)
A ação da quadrilha desencadeou uma guerra no conjunto de favelas. “Os grupos começaram a se enfrentar pelas redes sociais e através de radiocomunicadores. Chegaram a dar tiros a esmo”, comentou a delegada. Por causa dos conflitos, operações foram realizadas pela equipe da policial.

Os primeiros a serem presos foram Jefferson Felipe Pereira Alves, o Gordo, de 27 anos, Marcelo da Silva Martins, o Marcelão, de 48, e Gustavo Henrique Ribeiro de Oliveira, o Gustavinho, de 25. “Os três foram presos juntos e com grande quantidade de drogas. Gustavo era taxista e utilizava o carro para fazer transporte da droga”, diz a delegada.

Depois, as ações levaram à prisão de Deyber Santos Fabrini (Deibim), de 35. Ele estava com com mais de 3,5 mil microtubos usados para embalar entorpecentes. Segundo a Polícia Civil, ele fazia a distribuição do material para quadrilhas da Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Além deles, foram presos, Wagner Ferreira de Oliveira (Nem ou Gay), de 23, Hernane Eduardo Fernandes Santos (Bil), de 31, e Wender Wesley Ferreira de Oliveira (conhecido como Peixinho), de 26.

Esse último é apontado como o líder da quadrilha. O mandado de prisão contra ele foi cumprido na cadeia. “Ele já estava preso, mas mesmo assim comandava todos os passos do grupo. Mandava matar, definia para quem iria vender, quem o grupo ia atacar”, comentou a delegada. “A organização criminosa é bem agressiva, batiam nas pessoas, ameaçavam moradores, inclusive um dos integrantes chegou a atirar contra a própria mãe. O medo era tanto que testemunhas se recusavam dar informações sobre os crimes”, completou.

As investigações vão continuar para prender quatro pessoas da quadrilha que ainda estão foragidas.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)