O grupo de pichadores investigado pela Delegacia Especializada de Meio Ambiente da Polícia Civil de Minas Gerais sofreu mais uma baixa.
O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público e cumprido por policiais militares do 34º Batalhão. “O Goma é um dos principais pichadores em Belo Horizonte, vende produtos para menores de idade e articula pichações em toda a região metropolitana. Ele exerce forte influência sobre outras pessoas”, afirma o tenente-coronel Valmir José Fagundes, que trabalha no Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais do Ministério Público.
Os trabalhos de repressão às pichações na Grande BH vêm sendo conduzidos por uma parceria entre as polícias Civil e Militar e o Ministério Público. Na última ação, outro alvo das investigações foi Marcelo Augusto de Freitas, o Frek, de 20 anos. A residência dele também foi alvo de mandado de busca e apreensão, mas ele segue livre.
Para o núcleo que investiga e busca reprimir os atos de vandalismo, os três são integrantes de uma organização criminosa, motivo que justifica o pedido de prisão dos dois primeiros. Mário Augusto é apontado pela Polícia Civil como o responsável pela pichação da Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, tombada nas esferas municipal, estadual e federal do patrimônio histórico. A limpeza do monumento foi conduzida pela Fundação Municipal de Cultura e contou com a participação de restauradores com experiência em patrimônio tombado.
enquanto isso...
...Polícia apresenta quadrilha da serra
Uma quadrilha violenta, que agredia até mesmo familiares do grupo e moradores da comunidade. É como a Polícia Civil define o bando apontado como responsável pela série de conflitos no Aglomerado da Serra, o maior conjunto de favelas de Belo Horizonte, em janeiro deste ano. Os acusados de liderar o grupo foram presos em várias fases da Operação Piracema e apresentados ontem no Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa. Eles são suspeitos de pelo menos cinco assassinatos. As investigações começaram antes de estourar a guerra entre gangues que amedrontou moradores locais e do entorno. O grupo era suspeito de morte ocorrida em setembro de 2015 no conjunto de favelas. “Resolvemos fazer operações contra o tráfico de drogas, e passamos a monitorar a organização criminosa. Com isso, conseguimos montar o organograma, com os líderes, os gerentes e todos os outros postos da quadrilha”, explicou a delegada Ingrid Estevam, responsável pelo caso.
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