Parte do funcionalismo da Saúde de Minas Gerais recusa proposta do governo e segue em greve

Trabalhadores da Fundação Ezequiel Dias (Funed) prometem continuar de braços cruzados. Já os servidores da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) decidiram encerrar a paralisação

João Henrique do Vale
Servidores fizeram assembleia na Região Centro-Sul de Belo Horizonte nesta quinta-feira - Foto: Sind-saúde/Divulgação

A greve de servidores da saúde de Minas Gerais vai continuar. Pelo menos em alguns setores. Em assembleia realizada nesta sexta-feira no pátio da Assembleia Legislativa, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, parte da categoria recusou a proposta do Governo feita na terça-feira. Entre os que não devem voltar ao trabalho estão funcionários da Fundação Ezequiel Dias (Funed). Os trabalhadores da Secretaria Estadual de Saúde (SES) vão fazer uma reunião paralela na segunda-feira para decidir os próximos passos. Já os servidores da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) decidiram encerrar a paralisação.

Em reunião com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), o governo de Minas Gerais apresentou propostas para o fim da greve. Em relação a redução da jornada de trabalho, indicou que daria o benefício para todos os servidores da saúde, sem redução salarial, assim que o estado superar a restrição legal imposta pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), tendo em vista atingir a jornada de 30 horas semanais pelos serviços que se organizam em turnos interruptos.


Propôs, ainda, a implantação dos benefícios de auxílio-refeição e auxílio-transporte para os servidores estaduais cedidos aos municípios, denominados municipalizados, já no próximo mês. Também se comprometeu com os sindicalistas a rever o decreto que regula as concessões de diárias, atento às especificidades do trabalho na Secretaria de Estado da Saúde e a retomar a discussão sobre a reestruturação das carreiras.

Para os servidores da Funed, as medidas não foram consideradas satisfatórias. “Nenhum ponto atende a Fundação Ezequiel Dias. Tínhamos vários pontos, como a redução de jornada de trabalho para 30 horas, mas não avançou. Propomos regime igual ao dos funcionários da cidade administrativa. Lá, eles tem uma jornada de 35 horas, porque não se considera a hora de almoço na jornada”, comentou Erico Colen, diretor do Sind-Saúde e representante da Funed. .