A Barragem de Fundão rompeu em 5 de novembro de 2015, resultando na morte de 19 pessoas, destruiu o subdistrito de Bento Rodrigues e afetou os distritos de Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras e as cidades de Barra Longa e Rio Doce. A lama de rejeito afetou toda a Bacia Hidrográfica do Rio Doce.
Os moradores analisam três terrenos: Lavoura, de propriedade da siderúrgica Arcelor Mittal; Carabina, de propriedade de pessoa física que fica no perímetro de Mariana; e Bicas, área mais afastada de propriedade da Samarco. Ao todo participam da votação 226 famílias e cada uma delas tem direito a um voto. "O processo é mesmo demorado. Temos que ter muita certeza do local escolhido. Depois de escolhido o terreno, a construção começará daqui a um ano e meio.
A escolha do local precisa ter a aprovação de 60% das famílias para ser ratificada. "As pessoas entenderam que não tem como voltar ao passado. O Bento onde viveram um dia não vai voltar. Ficará só na lembrança. Porém, é um momento de esperança e o sentimento é acreditar na reconstrução de um novo Bento", afirma o prefeito de Mariana Duarte Júnior.
As famílias de Bento Rodrigues têm demonstrado interesse pelo Lavoura, terreno de 100 hectares a 12 quilômetros do Centro da cidade colonial e a 10 do subdistrito arrasado pela lama. A Samarco deverá adquirir a área da Arcelor Mittal. No entanto, antes da construção da nova comunidade, serão realizadas análises sobre a qualidade do terreno para diferentes lavouras e a quantidade de água disponível para o abastecimento das futuras moradias.
O prazo oficial para o anúncio do local se encerrou no fim de abril. O prefeito informou as residências terão tetos que aproveitam a luz solar, com calhas para coletar a água da chuva. "O novo Bento será referência de respeito ao meio ambiente não só para Minas como para todo o Brasil", afirma o prefeito.