O “puxadinho” do Iate Tênis Clube, anexo que não faz parte do projeto original de Oscar Niemeyer e que é um entrave para a Pampulha ser reconhecida como patrimônio cultural da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), pode ser demolido e reconstruído em um terreno ao lado. O lote foi cedido há muitos anos à Aeronáutica pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), mas não foi ocupado. Há informações de que a Aeronáutica pretende construir em outro local e esse terreno pode eventualmente fazer parte das negociações entre a PBH e o Iate para reconstrução do anexo. Em fevereiro, a PBH desapropriou integralmente o clube.
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MP começa a analisar documentos sobre anexo do Iate Tênis ClubeMP vai intermediar acordo para demolição de anexo do Iate Funcionários fazem manifestação contra desapropriação do IateDesapropriação do Iate será discutida em audiência pública nesta terça-feiraJovem militar da Aeronáutica morre em acidente em Santa LuziaO muro em frente ao prédio Portinari também será retirado para liberação do jardim do arquiteto-paisagista Roberto Burle Marx, que está todo escondido. “A proposta é voltar ao que era antes. O objetivo é acabar com todas as intervenções descaracterizantes que ocorreram ao longo dessas décadas”, disse o promotor. Essa exigência, segundo ele, está nos três tombamentos do imóvel: do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico e Minas Gerais (Iepha-MG) e do Conselho Deliberativo Cultural Municipal. A reforma deverá ser aprovada pelos três órgãos. O Iate tem até o dia 23 para apresentar uma estimativa de custo de elaboração do projeto de restauro do prédio Portinari e dos projetos complementares.
A PBH informou na audiência que já tem reunião marcada com a Aeronáutica para discutir um possível acordo sobre a devolução do terreno cedido. “Pela PBH, foi explicitado que qualquer acordo deverá ser precedido de análise sobre a propriedade do terreno do anexo pela Câmara Municipal e pela Promotoria do Patrimônio Público da Capital”, consta na ata da audiência.