Em um juri com conselho de sentença formado exclusivamente por mulheres, a ré Alessandra Lúcia Pereira Lima, de 43 anos, acusada de ter planejado o assassinato do marido, Iorque Leonardo Barbosa Júnior, funcionário da Prefeitura de Belo Horizonte, manteve-se em silêncio quando interrogada nesta manhã, durante julgamento no 2º Tribunal do Juri. A sessão, que ocorre no Fórum de Lafayette, Região Centro-Sul de BH, teve início por volta das 10h.
As perguntas à ré foram feitas pelo juiz Glauco Soares e também pelo assistente de acusação. Em ambos os casos, Alessandra permaneceu calada quando indagada sobre fatos relacionados à morte do marido. Durante as investigações do crime, a polícia indicou que o assassinato foi encomendado por ela, e planejado por um policial civil, seu amante. Alessandra e outras quatro pessoas suspeitas de participação foram presos.
Iorque foi morto com sete tiros, em janeiro de 2014. Funcionário da Prefeitura de Belo Horizonte, Iorque, à época com 42 anos – 22 deles no cargo de auditor fiscal de tributos –, foi executado a cerca de 200 metros do prédio onde morava, no Bairro Padre Eustáquio, Região Noroeste da capital. Quando ele seguia para o trabalho, na esquina das ruas Curupaiti e Lorena, por volta das 7h, um homem o chamou pelo nome e atirou.
Na ocasião, a Polícia Civil descartou a possibilidade de latrocínio e cogitou a a chance de o homicídio ter sido motivado por vingança relacionada ao trabalho da vítima. Mas logo o inquérito indicou que Alessandra planejou a morte do marido para herdar os bens, estimados em aproximadamente R$ 200 mil. A mulher era policial civil aposentada do Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG).
(RG)
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