A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que os cinco radares meteorológicos que estavam desativados por falta de recursos financeiros voltaram a operar no último sábado. A informação foi confirmada por meio de nota divulgada nesta quarta-feira pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica. Os radares ficam em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.
Os equipamentos meteorológicos captam informações que ficam disponíveis para consulta on-line, por pilotos de aeronavegantes e outros interessados. Esses aparelhos não são usados no controle de tráfego aéreo, por isso a segurança de voos não foi afetada durante o período em que ficaram inativos, segundo a Aeronáutica.
De acordo com a nota, além de 23 radares instalados em todo o país, o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (Sisceab) tem outras fontes de informação meteorológica, como imagens de satélite e estações meteorológicas de superfície. “Esta foi a primeira vez que a FAB precisou desligar radares por motivos orçamentários. Os equipamentos também podem, ocasionalmente, ser desativados para serviços de manutenção preventiva ou corretiva.”
Segundo a FAB, o consumo de energia de um radar oscila entre 10.000 Kwh e 13.000 Kwh e o custo mensal depende da tarifa energética de cada estado. A instalação de um radar custa cerca de R$ 9 milhões e sua manutenção, aproximadamente R$ 100 mil por mês.
Um piloto mineiro ouvido pelo em.com.br informou que, para a aviação comercial, outros recursos são utilizados para verificar as condições do tempo, por isso não há consequências. Porém, o planejamento de voo para aeronaves menores pode ser prejudicado sem os radares meteorológicos. “Na parte da aviação comercial e na aviação executiva, que utiliza aeronaves mais modernas, a falta dos aparelçhos não atrapalha, pois os próprios aviões já têm radares, que são usados para desviar de formações meteorológicas”, disse o piloto na ocasião do desligamento.
(RG)