Uma dona de casa, casada, é morta a facadas pelo amante, por ciúme de outro amante.
Ela tinha dois amantes, sendo o mais antigo há aproximadamente um ano e outro mais recente, o pedreiro, havia alguns meses. O marido, bem como as esposas dos outros dois homens, só souberam do envolvimento amoroso depois de descoberto o crime. Mas, entre os amantes e Janaína a relação era aberta e os dois sabiam da existência um do outro. Motivo para ciúmes, cobranças, exigências de exclusividade e embates frequentes, nos quais eles se digladiavam pela preferência de Janaína, nas palavras do delegado Fabiano Roberto Mazzarotto Gonçalves, responsável pelo caso.
Inconformado com a situação, o acusado a chamou para conversar na segunda-feira, início da tarde. Disse que não suportava mais dividir a amante.
Principiante no crime, já que não tinha passagem pela polícia, o pedreiro, apontado pelas investigações como trabalhador, tentou ocultar o corpo. Fez uma cova rasa e o cobriu com vegetação. Voltou ao trabalho normalmente, no imóvel ao lado da casa onde Janaína morava. Terminou o serviço e voltou para casa, onde passou a noite. Na terça às 14h, o marido da mulher foi à delegacia, depois de fazer um boletim de ocorrência na Polícia Militar, para dar queixa de desaparecimento.
Procura daqui, interroga dali, o delegado Fabiano Mazzarotto chegou aos suspeitos: o marido e dois amantes. Na quarta-feira à noite, o acusado foi apontado. Ele confessou e, na madrugada, mostrou o local onde havia enterrado o cadáver. “Foi uma tragédia na cidade, com várias pessoas envolvidas direta ou indiretamente”, afirmou. Janaína deixa marido, os amantes e um filho de 8 anos. O pedreiro está no presídio de Andradas, onde ficará em detenção temporária por 30 dias, prazo para a conclusão das investigações.
(RG)
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