Acusado de três crimes, "estuprador do Sedan vermelho" é preso

Homem que ameaçava vítimas com arma de fogo e as violentava dentro do carro negou participação nos crimes, mas se reconheceu em imagens cedidas pela PM e confirmou ser dono do veículo usado nas emboscadas

Junia Oliveira

- Foto: Gerson Araújo

Foi apresentado nesta quinta-feira pela Polícia Civil o suspeito de ser o “estuprador do sedan vermelho”, que atuava nas regiões da Pampulha e Venda Nova, em Belo Horizonte. R. P. S., de 46 anos, foi preso em uma operação conjunta com a Polícia Militar, acusado de ter cometido o crime contra pelo menos três mulheres. O criminoso ameaçava as vítimas com uma arma de fogo e as violentava dentro do carro.

O primeiro caso foi registrado no dia 17 do mês passado e teve duas vítimas: uma mulher de 44 anos e outra de 37, estupradas na região de Venda Nova após aceitarem carona que o criminoso ofereceu na saída de uma boate.

No último domingo, R. teria violentado outra vítima de 49 anos, no início da manhã, quando ela saía para trabalhar. O suspeito a abordou na Rua Alameda das Princesas, no Bairro São Luís, na Pampulha, e com um revólver a obrigou a entrar num Siena vermelho, onde os abusos ocorreram.
O homem a deixou na mesma rua em que havia feito a abordagem e roubou o celular da vítima.

A polícia informou que em depoimento, R. negou participação nos crimes, mas se reconheceu nas imagens cedidas pela Polícia Militar, que mostram o momento em que ele deixa a vítima na Alameda das Princesas. Ainda segundo a polícia, ele assumiu também ser proprietário do veículo, apesar de negar conhecer a vítima e que estaria armado. Os investigadores afirmam ser possível verificar o porte de arma pelas imagens.

A delegada responsável pelo caso, Luciana Libório, explicou que o reconhecimento foi feito com vários homens com características semelhantes às do suspeito. Eles foram posicionados ao lado do acusado, separados por um vidro pelo qual apenas as vítimas podiam vê-los. De acordo com a delegada, todas reconheceram o acusado, instantaneamente, “sem sombras de dúvidas”.

A policial acredita que outras vítimas possam surgir. “Dado o modo de agir do suspeito, acreditamos que a divulgação do caso permita que outras vítimas identifiquem o autor. Elas devem procurar imediatamente a delegacia para que possamos apurar”, disse.

O preso não tinha passagem anterior pela polícia. Ele será indiciado e, se condenado, a pena pode ser de até 24 anos de prisão.

(RG)

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