O Viaduto Santa Tereza, no Centro de Belo Horizonte, que ficaria às escuras até agosto com o término das obras de revitalização do espaço, conforme previsão inicial da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), ganhou iluminação provisória. Em 18 de abril, o Estado de Minas denunciou que a travessia estava no escuro e representava um perigo para os pedestres obrigados a passar por ele à noite. Nove dias depois, a Sudecap instalou 56 lâmpadas provisórias, até a conclusão definitiva da obra.
Atravessar o viaduto com segurança está sendo um alívio para a Eliane de Oliveira, de 30 anos, que deixa o trabalho às 20h30 em uma academia do Bairro Floresta, na Região Leste, e passa andando pelo viaduto para pegar ônibus no Centro. O medo de ser atacada no escuro era tanto, segundo ela, que ela rezava pedindo proteção de Deus. O professor Eduardo Resende, de 29, mora no Bairro Floresta e tinha que procurar outros caminhos mais seguros para ir ao Centro, para fugir da escuridão e dos riscos de assaltos.
Projetado pelo engenheiro Emílio Baumgart e construído em 1929, o Viaduto Santa Tereza liga o bairros como o Floresta e o Santa Tereza ao Centro. Além de ser uma obra de arte da engenharia, seus arcos inspiraram poetas como Carlos Drummund de Andrade. Na década de 1990, a travessia foi tombada como patrimônio cultural do município.
(RG)
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