A última decisão do tribunal foi proferida nesta quinta-feira, pelo desembargador Octavio Augusto de Nigris Boccalini, da 3ª Câmara Criminal do TJMG. Ele manteve o entendimento do juiz Luíz Augusto César Pereira Monteiro Barreto Fonseca, da 8ª Vara Criminal de BH. No despacho, o desembargador confirmou o pedido de prisão preventiva de João Marcelo Ferreira Capelão, 34 anos, o Goma, e de Marcelo Augusto de Freitas, de 20, o Frek.
A investigação conduzida pela Polícia Civil em parceria com o Ministério Público e com a Polícia Militar chegou a conclusão que Goma e Frek participaram como mentores da pichação na igrejinha. Já Mário Augusto Faleiro Neto, 25, o Maru, foi o executor da ação, primeiro acusado que foi preso e também teve o recurso contra a prisão preventiva negado pelo TJMG.
Em nota, os promotores de Justiça Lilian Marotta (Defesa do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte), Cláudia Ferreira de Souza (Habitação e Urbanismo de Belo Horizonte), Marcos Paulo de Souza Miranda (coordenador das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais) e Carlos Eduardo Ferreira Pinto (coordenador do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais) destacaram a importância das decisões do TJMG e também de outros órgãos da Justiça referentes a outros casos, como a pichação da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa.
“Os danos ao meio ambiente urbano, ao patrimônio cultural e ao patrimônio público decorrentes da pichação não podem ser tratados como algo de menor importância, em um cenário em que a Prefeitura de Belo Horizonte gasta cerca de R$ 2 milhões por ano apenas para limpar a sujeira em suas edificações, sem se levar em conta os danos em detrimento aos bens federais, estaduais e particulares. Não por outra razão, o TJMG, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF) já chancelaram a atuação do MPMG no combate a esse tipo de delito na capital mineira”, afirmam. .