A dengue fez mais uma vítima na capital mineira nesta semana. Uma mulher de 53 anos, internada num hospital particular, morreu depois de ter seu quadro de saúde agravado pela doença. Com esta, chega a 17 o número de mortes por complicação de dengue em Belo Horizonte no ano. De acordo com balanço divulgado na noite desta sexta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), 61.604 pessoas foram infectadas pela doença na capital. Em uma semana foram 7.164 novos registros da doença. No balanço anterior eram 54.440 pacientes.
Nos últimos dias surgiu um quadro de redução do volume de novos casos semanais, reforçado pela queda do índice de infestação do Aedes aegypti, transmissor da doença, constatado no monitoramento das 1.782 armadilhas para colocação de ovos (ovitrampas) na cidade. A infestação caiu de 78,8 ovos por armadilha positiva, nas duas primeiras semanas do ano, para 46 ovos por armadilhas positivas nas últimas semanas de abril. Em 2013, quando houve o maior número de casos de dengue confirmados nos últimos dez anos (96.114), o número de ovos por armadilhas positivas foi de 61,8.
Do total de 61.604 casos confirmados em 2016, 75% se concentraram nos
meses de fevereiro e março (46.193), período de maior transmissão no ano. Após esses meses, foi verificada uma desaceleração no número de casos confirmados. Em abril foram confirmados 5.094 casos (8,3% do total no ano).
Há ainda 61.846 suspeitas em investigação. Segundo a secretaria, das 123.450 notificações de dengue em BH, foram descartadas 12.226, ou seja, 9,9% do total de registro. A regional com o maior número de casos confirmados é a Barreiro, com 15.139 ocorrências, seguida pela Nordeste (10.517) e pela Leste, que subiu para a terceira posição, com 6.877 registros, superando a Oeste, com 5.707, dois a mais que na semana passada.
Os registros de zika este ano na capital mineira somam 42. Há 1.173 notificações ainda em investigação. A regional com o maior número de casos confirmados é a Norte, com 11 ocorrências, seguida pelas regionais Centro-Sul (7) e Venda Nova(6).
Ainda, de acordo com o balanço da SMSA, há 37 notificações de microcefalia para que seja investigada a associação com o zika vírus em recém-nascidos. Desses, 22 casos são de residentes da capital, sendo que cinco foram descartados por critério laboratorial (PCR negativo para zika vírus). Os outros 15, de pessoas residentes em outros municípios mas que foram atendidos em BH, também estão sob investigação.
Já os casos de chikungunya, este ano na capital, somam 39 pacientes. Desses, 11 são considerados importados confirmados e seis autóctones, de pessoas que se infectaram em Belo Horizonte. Há ainda 22 suspeitas em apuração da doença, que, assim como a dengue e o zika vírus, tem como vetor o mosquito Aedes aegypti.
(RG)