A alento vem da constatação de que o aumento no número de casos semanais parece começar a perder intensidade, reforçado pela queda do índice de infestação do Aedes aegypti, transmissor da doença, constatado no monitoramento das 1.782 armadilhas para colocação de ovos (ovitrampas) na cidade. A infestação caiu de 78,8 ovos por armadilha positiva nas duas primeiras semanas do ano para 46 ovos por armadilhas positivas nas últimas semanas de abril. Em 2013, quando houve o maior número de casos de dengue confirmados nos últimos dez anos (96.114), o número de ovos por armadilhas positivas foi de 61,8.
Do total de 61.604 casos confirmados nos primeiros meses deste ano, 75% se concentraram em fevereiro e março (46.193), período de maior transmissão.
EM EXAME Há ainda 61.846 suspeitas em investigação. Segundo a Secretaria de Saúde, das 123.450 notificações de dengue em BH, foram descartadas 12.226, ou seja, 9,9% do total de registro. A regional com o maior número de casos confirmados é a Barreiro, com 15.139, seguida por Nordeste (10.517) e Leste, que subiu para a terceira posição, com 6.877 diagnósticos, superando a Oeste, com 5.707, dois a mais que na semana passada.
Hoje e amanhã, os atendimentos de pacientes com suspeita de dengue na rede municipal de saúde serão realizados nas unidades de pronto atendimento (UPAs). Na Região do Barreiro, a que apresenta maior índice de infecção da doença, está em funcionamento o Centro de Atendimento a Pacientes com Dengue (CAD), instalado no Centro de Apoio Comunitário (CAC) da Rua Pinheiro Chagas, 252, no Bairro Santa Helena. O novo serviço é aberto aos moradores com suspeita da doença e funciona das 7h às 17h, todos os dias da semana.
O CAD Barreiro funciona nos mesmos moldes das unidades de Venda Nova e da Pampulha, e conta com equipe médica, equipe de enfermagem e técnicos de laboratório. A unidade tem capacidade para até 120 atendimentos diários. O objetivo dessas unidades é favorecer e apressar os atendimentos e ampliar o acesso, conforme desenvolvimento da doença na capital..