Parque onde menino morreu no Sul de Minas é interditado

Espaço de diversão em São Gonçalo do Sapucaí, no Sul de Minas, é fechado pela Justiça. Local foi palco de acidente que vitimou criança de 9 anos durante a Festa do Rosário

Junia Oliveira

- Foto: Stefani Lima/Arquivo pessoal

Interditado temporariamente em São Gonçalo do Sapucaí, no Sul de Minas, o parque itinerante onde um garoto de 9 anos morreu prensado por um brinquedo no sábado à noite. A decisão foi tomada pela juíza plantonista de Itajubá, Luciene Cristina, a pedido da Polícia Civil. Nesta segunda-feira, policiais do Instituto de Criminalística de Pouso Alegre, município vizinho, e de Belo Horizonte fizeram perícia no local. O delegado responsável pelo caso, Diego Bruno Dias do Nascimento, acredita que o laudo que vai determinar as causas do acidente fique pronto em aproximadamente 10 dias.

Parque tem alvará do poder público e do Corpo de Bombeiros para funcionar durante a festa - Foto: Divulgação A tragédia ocorreu durante a 136ª edição da festa do Rosário da cidade, localizada a 340 quilômetros da capital. O menino Roberto Augusto Brandão Neto caiu e foi prensado pelo brinquedo “Windsurf”. Ele sofreu traumatismo craniano. De acordo com o delegado, imagens obtidas pelas investigações mostram que o menino foi lançado para baixo do brinquedo. “É como se ele tivesse caído debaixo de um veículo.
Como não deu tempo de desligar o brinquedo, o garoto foi prensado no solo”, diz o delegado. Ele recebeu os primeiros socorros de uma médica que estava a passeio no evento, mas não resistiu aos ferimentos. Roberto foi enterrado nesse domingo à tarde.

O parque tem alvará do poder público e do Corpo de Bombeiros para funcionar durante a festa. Diego do Nascimento informou que várias hipóteses estão sendo checadas. Uma delas é a possibilidade de Roberto ter se levantado antes da parada do brinquedo. “Mas não acredito muito nessa probabilidade”, afirma o delegado. Outra é erro humano, do operador da máquina. A terceira é falha técnica na instalação do aparelho. A última hipótese levantada é falha na elaboração do brinquedo, motivo pelo qual o responsável técnico que assina a fabricação poderia ser indiciado.

(RG)

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