Um dia depois da visita do ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV), a Mariana para sobrevoo da área atingida pela lama da Samarco, o Ministério Público do Estado de Minas Gerais entrou na terça-feira, 17, com ação na Justiça para impedir o retorno do funcionamento da mineradora no município até que haja condições de segurança.
Na avaliação do Ministério Público, a Samarco só terá condições de retomar a mineração no município depois de comprovar a segurança das estruturas da empresa remanescentes usadas para contenção do rejeito de minério de ferro, para que nova tragédia não ocorra. A ação pede suspensão da mina Alegria e da pilha de estéreis de mesmo nome.
As atividades da Samarco em Mariana seguem embargadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Está em andamento, no entanto, pedido feito à pasta pela empresa para retorno das atividades em Mariana. A Samarco trabalha com a possibilidade de voltar a operar no município até o fim do ano.
Segundo o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador da força-tarefa montada pelo Ministério Público para apurar a tragédia em Mariana, "é preciso garantir que qualquer retorno (das atividades da Samarco em Mariana) se dê somente quando a sociedade for informada e tiver garantias de como será a destinação final dos rejeitos".
Em nota, a Samarco afirmou desconhecer "qualquer pedido do Ministério Público neste sentido".