Jornada Solidária reforça parceria com creches beneficiadas

Programa do Estado de Minas recebe lista de prioridades de entidades atendidas, muitas das quais têm no projeto a única fonte de ajuda para manutenção e reforma de imóveis

Estado de Minas

A presidente da Jornada Solidária Estado de Minas, Nazareth Teixeira da Costa, se reuniu, na tarde de ontem, com representantes de 11 creches atendidas pelo programa de responsabilidade social do EM que já dura 52 anos.

Durante a reunião, os coordenadores apontaram os obstáculos que enfrentam, acirrados pela crise econômica brasileira. “É uma retomada do trabalho para atendermos às prioridades das creches, como o fornecimento de material de cozinha, berçário e refeitórios. Vamos retomar as obras de estrutura assim que completarmos as necessidades que ficaram defasadas”, pontuou a representante da Jornada.

Representantes de instituições se reuniram com a direção da Jornada para expor obstáculos e definir necessidades de cada uma - Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A PressA presidente do Movimento de Luta Pró-creches, Maria Lupes de Souza Reis, lembrou que as entidades passam por dificuldade para a renovação de mobiliário e aquisição de produtos como fogão e geladeira. “A única ajuda que temos é da Jornada Solidária, que permitiu reformas e a compra de equipamentos. É o programa que nos socorre quando temos alguma emergência”, diz Maria Lupes, que coordena a Creche Comunitária Vila Piratininga, onde são atendidas 181 crianças de até 6 anos de idade.

O apoio do programa é fundamental também para o funcionamento da Creche Santa Terezinha, no Bairro Jaqueline, na Região Norte, que atende 165 crianças. “A Jornada reformou todo o edifício, todas as salas, o que é fundamental para o conforto e o atendimento das crianças”, afirmou a vice-presidente, Virgínia Castro. No ano passado, conforme ressalta, o investimento do projeto permitiu a cobertura de toda a área externa da instituição.
“A parceria é muito boa para as entidades, porque traz conforto para as crianças. Não temos onde buscar recursos, nossa única parceria é a Jornada”, ressaltou.

Os representantes das entidades vão elaborar listas com as principais demandas para repassar à Jornada. “A nossa creche fica perto da Avenida Cristiano Machado, onde sempre tem enchente. Todas as vezes em que a água estragou tudo, foi a Jornada que nos socorreu”, disse Sheila Abras Rajão, coordenadora da creche Santa Maria Madalena, que atende 106 crianças com idades de 1 a 6 anos no Bairro Primeiro de Maio, na Região Norte.

A coordenadora geral da Jornada Solidária, Isabela Teixeira da Costa, lembrou que muitas creches ficam com a manutenção descoberta, porque não têm recursos. “Vamos parar um pouco com a reforma para cuidar dessa parte”, afirmou. A coordenadora lembra que as instituições necessitam de colchonetes, fogão, panelas de pressão e muitas precisam trocar geladeiras e fogões.

O acompanhamento psicológico possibilitado pela Jornada também foi destacado pelos representantes das instituições. Uma psicóloga, quinzenalmente, vai a todas as creches para atender as crianças indicadas pela coordenação pedagógica. “Quando a Jornada propôs o acompanhamento psicológico,  abracei de imediato. Sem a ajuda de um profissional não damos conta de atender as famílias”, afirmou a coordenadora da Creche Comunitária Bom Menino, no Bairro Castanheiras, na Região do Barreiro.

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