O delegado Flávio Grossi, do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil, afirmou que a tendência é de que o inquérito aberto para apurar o atentado à apresentadora Ana Hickmann, que terminou com a morte do juiz-forano Rodrigo Augusto de Pádua, deverá ser arquivado ao final. O delegado pretende ainda nesta semana ouvir a assessora Giovana Alves de Oliveira, que foi baleada no ombro e na barriga, quando o agressor e o marido dela, Gustavo Henrique Bello, lutaram. “Queremos ouvi-la ainda esta semana, estamos aguardando a melhoria de saúde dela”, disse. As oitivas e laudos deverão ser analisados nos próximos dias, com previsão de conclusão em 30 dias.
Para traçar o perfil de Rodrigo, que nas redes sociais demonstrou obsessão pela apresentadora, o delegado pretende ouvir o irmão do fã, Hellisson Augusto Pádua. “Vamos intimar o irmão que, provavelmente, será ouvido na quarta". O delegado afirmou que aguarda o resultado de 10 laudos de perícia, entre os quais necropsia do corpo, lesão corporal de Gustavo Bello e do local onde Rodrigo se hospedou. Também foram solicitadas as imagens do fã no hotel onde se hospedou.
O advogado de Ana Hickmann, Maurício Bemfica, espera que, ao final do inquérito policial, Gustavo Henrique Bello não seja denunciado, uma vez que teria agido em legítima defesa quando atirou e matou Rodrigo. "O Ministério Público se posicionará sobre a legitimidade da ação de Gustavo. Esperamos que não ofereça denúncia", afirmou Maurício.
NECROPSIA O laudo de necropsia no corpo de Rodrigo Augusto de Pádua foi concluído na madrugada de ontem pela equipe de plantão do Instituto Médico Legal (IML). O laudo confirmou que Rodrigo levou três tiros, dois à distância e um com cano de revólver encostado na nuca.
(RG)