Moradores do Bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte, querem mais câmeras do sistema de monitoramento Olho Vivo para reforçar a segurança. Segundo eles, apesar de haver um batalhão e uma companhia da Polícia Militar no bairro, o policiamento é precário e os assaltos são constantes. O presidente da Associação Comunitária, João Bosco Alves Queiroz, conta que os moradores escolheram mais câmeras do Olho Vivo na votação do Orçamento Participativo da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Até agora, são sete equipamentos e eles esperam chegar a pelo menos 14 até o ano que vem.
Por volta das 16h20 da última quinta-feira, um barbeiro de 79 anos que trabalhava sozinho em seu estabelecimento, na Rua Mármore, a principal do bairro, foi brutalmente espancado por um assaltante. A vítima, Moacyr Fraga Nazarete, foi agredida com o encosto da cadeira de trabalho e sofreu lesões no olho, na testa e na orelha. O ladrão baixou a porta e deixou a vítima inconsciente. Imagens de uma câmera de vigilância mostram o suspeito fugindo tranquilamente, levado um celular e R$ 100, e não foi preso.
Segundo o presidente da Associação Comunitária, moradores têm se reunido com frequência com o comando do 16º Batalhão e todos clamam por mais segurança. Além do comércio, que constantemente é atacado por assaltantes, pedestres são roubados à luz do dia, principalmente nas imediações das estações do metrô Santa Tereza e Santa Efigênia. “Os ladrões fogem pelas passarelas e escapam da perseguição policial”, disse João Bosco.
Ainda de acordo com o presidente da associação, o comando do batalhão ficou de apresentar uma proposta para reforçar a segurança no bairro e aumentar o efetivo policial. “A PM só pede para a gente registrar boletim de ocorrência quando for vítima de algum crime. Isso, para que possa tomar providência”, disse João Bosco, que diz não ter acesso ao balanço da criminalidade do bairro.
João Bosco não soube informar se as câmeras do Olho Vivo estão realmente funcionando. “Há mais tempo, a PM nos informou que cinco pessoas ficavam no batalhão monitorando as imagens. Não sei agora”, afirmou.
Ainda de acordo com a PM, diariamente são lançadas patrulhas de prevenção ativa e o emprego de bases comunitárias móveis em pontos e vias estratégicas, próximo aos comércios, centros de ensino e, passarelas da região. Outros medidas preventivas são adotadas, segundo o batalhão, como implementação, revitalização e manutenção de redes de proteção, campanhas de autoproteção e distribuição de dicas de segurança.
Em nota, o batalhão informou ainda que reuniões comunitárias têm fortalecido o contato com a sociedade e harmonizado esforços na resolução dos problemas. A PM não se manifestou sobre o funcionamento ou instalação das câmeras de Olho Vivo no bairro.(RB)