Segundo o estudo, o desmatamento avança em Minas e já foram destruídos 7.702 hectares de vegetação no estado, entre 2014 e 2015, o que corresponde 37% a mais do que o período anterior (2013/2014). O levantamento mostra ainda que em Minas a principal causa da perda de florestas é a atividade de mineração. Somente em Mariana, foi registrado um desmatamento de 258 hectares, sendo que 65% deles, ou seja, 169 hectares, decorrentes do rompimento da barragem.
Há três semanas, a Fundação SOS Mata Atlântica entregou relatórios de desmatamento em Mariana e da
qualidade da água do Rio Doce ao ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, durante visita dele à região. Mapas compilados em parceria com o Inpe mostraram o impacto do maior desastre ambiental já ocorrido na mata atlântica.
No país, o estudo aponta uma área de desmatamento de 18.433 hectares, ou seja, 184 quilômetros quadrados, em áreas remanescentes da mata atlântica no período 2014/2015, um aumento de apenas 1% em relação ao período anterior (2013/2014), que registrou 18.267 hectares. Mas, em Minas, que há dois anos registrava queda nos níveis de desmatamento, voltou a liderar a destruição.
A Bahia fica em segundo lugar em desmatamento, com 3.997 hectares desmatados, 14% a menos do que o período anterior. Já o Piauí, campeão de desmatamento entre 2013 e 2014, ocupa agora o terceiro lugar, após reduzir o desmatamento em 48%, caindo de 5.626 hectares para 2.926 hectares.
A exemplo dos últimos anos, Minas Gerais, Bahia e Piauí se destacam no ranking por conta do desmatamento
identificado nos limites do cerrado. Em Minas, as maiores áreas desse desmatamento são Curral de Dentro (492 hectares) e Jequitinhonha (370 hectares), Águas Vermelhas (338 hectares), Ponto dos Volantes (208 hectares) e Pedra Azul (73 hectares)..