Minas Gerais registrou 4.348 casos de violência sexual, uma média de 12 por dia, nos últimos 12 meses, segundo dados da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Os crimes sexuais entraram na pauta das redes sociais nos últimos dias com a divulgação de um vídeo no Twitter que mostra uma adolescente de 16 anos que foi estuprada por mais de 30 homens no Rio de Janeiro. Na gravação, eles exibem a vítima desacordada e fazem piada com a situação.
O painel de indicadores da Seds tem como fonte os Registros de Eventos de Defesa Social (Reds), feitos pelas polícias Civil e Militar. Entre os registros de crimes violentos, no levantamento da Secretaria são contabilizados estupro consumado, estupro tentado, estupro de vulnerável (quando a vítima é menor de 14 anos) consumado e estupro de vulnerável tentado.
Apesar de os dados no estado apresentarem queda gradual nos primeiros quatro meses de 2016 (de 352 em janeiro para 314 em abril), os números apresentam oscilação na capital mineira e, conforme o último cálculo, estão em alta. Em Belo Horizonte, a Secretaria de Estado de Defesa Social contabilizou 41 casos de violência sexual em janeiro, 55 em fevereiro, 39 em março e 58 em abril. O aumento percentual foi de 41% nos primeiros quatro meses do ano.
Violência doméstica contra a mulher
Divulgado em março, o Diagnóstico de Violência Doméstica e Familiar nas Regiões Integradas de Segurança Pública, elaborado pelo Centro Integrado de Informações de Defesa Social (Cinds), da Seds, mostrou que a cada 4 minutos, uma mulher sofre algum tipo de violência em Minas Gerais. Por hora, o número chega a 15. Por dia, são 353 agressões.
No ano passado, 129.054 mulheres foram vítimas de algum tipo de violência – física, psicológica e patrimonial. Os casos representam queda de 2% em relação ao ano anterior, quando foram feitos 131.747 registros.
Em 2015, foram 62.490 casos de mulheres vítimas de violência física no âmbito doméstico e familiar. Somente na Risp 1, Região Integrada de Segurança Pública que compreende Belo Horizonte, foram 240 casos de violência sexual nestes ambientes em 2015. (Com informações de Márcia Maria Cruz)