Quem vê a égua Hannah rolar na grama e galopar no entorno do curral em que passa as noites não imagina o quanto o animal, de 17 anos,já foi maltratado. “Ela sofreu muito e, agora, está aí, toda doce. Uma ‘menina’ fantástica”, reforça, emocionada, Cristiane Santiago Simões, sócia do Hotelzinho Taverninha, na área rural de Ribeirão das Neves, na Grande BH, onde o equino foi acolhido.
A égua foi encontrada, em 12 de outubro de 2015, num lote na Região Nordeste da capital. “Estava com o olho esquerdo furado e todas as costelas quebradas. Foi deixada lá, num dia de sol escaldante, para morrer mesmo. Um absurdo!”, indigna-se Silvana Cóser, vice-presidente da Bastadotar, organização não governamental (ONG) especializada em gatos.
Apesar de cavalos não ser o foco da entidade, a ambientalista e outros colegas ficaram tão comovidos com a situação da égua que a retiraram de lá e deram a ela o nome de Hannah. Depois, a encaminharam à Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Precisou de alimentação especial, pois estava subnutrida. Foi operada duas vezes, porque os ferimentos resultantes do ‘trabalho’ – carregamento de peso excessivo sem a mínima proteção – atingiram os ossos”, contou Silvana.
Hannah ficou sete meses sob os cuidados dos veterinários e alunos da UFMG. Recebeu alta e chegou ao seu novo lar há duas semanas. O animal foi acolhido pelos donos do Taverninha, onde passará o restante da vida. Para Cristiane, sócia do local, e Silvana, a vice-presidente da ONG, “a égua chegou ao paraíso”.
A nova moradia fica depois do Bairro Nápoles, numa região de muito verde. Há árvores frutíferas e pés de cana, uma das delícias saboreadas pela égua. Agora, ela não sabe o mais o que é ferraduras, selas e carroças. O equino tem a companhia de outros animais, como bodes e cães.
“Ela chegou no dia 12 deste mês. O animal não pode ser montado, pois há microfraturas em todas as vértebras”, esclarece Cristiane, acrescentando que os machucados nos ossos são consequência do tempo em que Hannah puxou carroças sem o equipamento de proteção adequado. Desde que foi resgatada do terreno baldio em BH, ela engordou aproximadamente 40 quilos.
Hannah gosta de comer maçã, cenoura e rapadura. Capim e água fresca estão sempre à disposição. O olho esquerdo furado, porém, é uma marca que ela carregará até o fim da vida. Guilherme Santiago Simões, outro sócio do hotel, tem uma tese para a perda de uma das visões do animal.
Tradicionalmente, explica, o ser humano monta um cavalo pelo lado esquerdo e, no caso de Hannah, provavelmente, ela tentava reagir à montaria do dono. Ele não descarta a possibilidade de o dono ter furado o olho da égua propositalmente para que ela não percebesse o momento em que ele fosse montá-la.
DOÇURA Muitos cavalos usados em veículos com tração animal são vítimas dos próprios donos. “Segundo ativistas que lidam com equinos, cerca de 80% dos animais que puxam carroças têm o mesmo destino (de Hannah), ou seja, são usados até o bagaço e ‘jogados fora’ para morrer em terrenos baldios, estradas...”, sustenta Silvana.
O histórico de trabalho forçado do animal sensibiliza os visitantes do lugar. Desde quando a égua chegou à nova moradia, ela demonstra carinho com quem está por perto. “É uma lição que ela nos ensina. Ao contrário de muita gente, que passa boa parte do tempo reclamando da vida, Hannah esbanja doçura e carinho, muito embora tenha um passado de dor”, finaliza Cristiane.
A égua foi encontrada, em 12 de outubro de 2015, num lote na Região Nordeste da capital. “Estava com o olho esquerdo furado e todas as costelas quebradas. Foi deixada lá, num dia de sol escaldante, para morrer mesmo. Um absurdo!”, indigna-se Silvana Cóser, vice-presidente da Bastadotar, organização não governamental (ONG) especializada em gatos.
Apesar de cavalos não ser o foco da entidade, a ambientalista e outros colegas ficaram tão comovidos com a situação da égua que a retiraram de lá e deram a ela o nome de Hannah. Depois, a encaminharam à Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Precisou de alimentação especial, pois estava subnutrida. Foi operada duas vezes, porque os ferimentos resultantes do ‘trabalho’ – carregamento de peso excessivo sem a mínima proteção – atingiram os ossos”, contou Silvana.
Hannah ficou sete meses sob os cuidados dos veterinários e alunos da UFMG. Recebeu alta e chegou ao seu novo lar há duas semanas. O animal foi acolhido pelos donos do Taverninha, onde passará o restante da vida. Para Cristiane, sócia do local, e Silvana, a vice-presidente da ONG, “a égua chegou ao paraíso”.
A nova moradia fica depois do Bairro Nápoles, numa região de muito verde. Há árvores frutíferas e pés de cana, uma das delícias saboreadas pela égua. Agora, ela não sabe o mais o que é ferraduras, selas e carroças. O equino tem a companhia de outros animais, como bodes e cães.
“Ela chegou no dia 12 deste mês. O animal não pode ser montado, pois há microfraturas em todas as vértebras”, esclarece Cristiane, acrescentando que os machucados nos ossos são consequência do tempo em que Hannah puxou carroças sem o equipamento de proteção adequado. Desde que foi resgatada do terreno baldio em BH, ela engordou aproximadamente 40 quilos.
Hannah gosta de comer maçã, cenoura e rapadura. Capim e água fresca estão sempre à disposição. O olho esquerdo furado, porém, é uma marca que ela carregará até o fim da vida. Guilherme Santiago Simões, outro sócio do hotel, tem uma tese para a perda de uma das visões do animal.
Tradicionalmente, explica, o ser humano monta um cavalo pelo lado esquerdo e, no caso de Hannah, provavelmente, ela tentava reagir à montaria do dono. Ele não descarta a possibilidade de o dono ter furado o olho da égua propositalmente para que ela não percebesse o momento em que ele fosse montá-la.
DOÇURA Muitos cavalos usados em veículos com tração animal são vítimas dos próprios donos. “Segundo ativistas que lidam com equinos, cerca de 80% dos animais que puxam carroças têm o mesmo destino (de Hannah), ou seja, são usados até o bagaço e ‘jogados fora’ para morrer em terrenos baldios, estradas...”, sustenta Silvana.
O histórico de trabalho forçado do animal sensibiliza os visitantes do lugar. Desde quando a égua chegou à nova moradia, ela demonstra carinho com quem está por perto. “É uma lição que ela nos ensina. Ao contrário de muita gente, que passa boa parte do tempo reclamando da vida, Hannah esbanja doçura e carinho, muito embora tenha um passado de dor”, finaliza Cristiane.