Padrasto responde por sete anos de abusos contra enteada em João Monlevade

Vítima afirma que homem a ameaçava de morte caso contasse algo. Mãe da garota também foi presa, acusada de consentir. Policiais dizem que acusado confessou abusos

A Delegacia de Mulheres de João Monlevade, na Região Central do estado, investiga denúncia de estupro continuado contra uma jovem que afirma ter sido molestada nos últimos sete anos pelo seu padrasto, com o consentimento da mãe dela.

No último sábado, a vítima, uma estudante de 18 anos, gravou um video do momento em que o homem entra em seu quarto e inicia os abusos.

 

O acusado, R.B.F., 73 anos, foi preso em flagrante, por volta das 15h desta terça-feira, assim como a mãe da jovem, M.A.P, de 49. Segundo o boletim de ocorrência, na abordagem policial ele admitiu que molestava e fazia “carícias” na enteada. A estudante, que disse que os abusos tiveram início quando ela tinha 11 anos, justificou a demora em denunciar afirmando que o homem a ameaçava de morte.

A coragem para a denúncia surgiu recentemente, quando a jovem compartilhou seu drama com uma pessoa em um grupo de rede social em que pedia ajuda, já que vivia um momento crítico. Segundo ela, seu padastro queria obrigá-la a consumar a relação sexual depois que ela fez 18 anos. Integrante da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte, a pessoa que recebeu a informação ficou sensibilizada e orientou a jovem sobre a importância de denunciar o caso, pois se tratava de crime de estupro.

Na manhã desta terça-feira, com ajuda de mais três colegas da corporação, o guarda municipal, de folga, seguiu para João Monlevade para apoiar a jovem no processo de queixa na Delegacia de Mulheres. Depois do depoimento da estudante, que também mostrou o vídeo à delegada de plantão, uma equipe da unidade foi à casa do acusado.


Segundo os policiais ele admitiu as práticas criminosas, que ocorreriam diariamente.

R. foi preso em flagrante, pois confessou que pela manhã tinha molestado mais uma vez a jovem.

A vítima foi encaminhada a um abrigo, já que, quando fazia a denúncia na delegacia, seu padrasto ligou em seu celular fazendo ameaças. Como ela tem um irmão adolescente, fruto do relacionamento do acusado com sua mãe, a jovem preferiu não mais voltar para a casa em que morava.





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