Segundo a advogada, que não atua no caso e apenas acompanhou o depoimento, o crime choca, principalmente, pela frieza da adolescente. "No depoimento, a menina de 17 anos disse que depois que ela o esfaqueou, o professor agonizou por 10 minutos e que ela ficou olhando para ele", lembra. "Quando o delegado a perguntou se tinha arrependido, ela dise que não".
Ainda de acordo com Ariadne, a mãe da adolescente chegou a negar o crime e informou que estava lavando roupa na hora do homicídio. No entanto, os autos do processo apontam caminho diferente. "São mais de 300 páginas de conversas entre mãe e filha pelo celular. A mulher incitava, instigava a adolescente". "Você amarelou?" é um das perguntas que a mãe fez para a filha durante uma conversa.
O questionamento, segundo a advogada, seria sobre outra tentativa de homicídio contra o professor planejada por mãe e filha. "Elas planejavam a morte há mais de um mês", conta Ariadne, que lembra que em uma das mensagens a mãe chega a orientar a filha para que afiasse as facas antes do crime. Conversas mostraram que mãe e filha planejavam assassinato há um mês - Foto: Facebook/Reprodução
Ainda segundo a advogada, durante o depoimento, ao ver as imagens do corpo de Sonoda, a esposa teria chorado e reforçado que apenas participou da ocultação do corpo. Juntas, elas embalaram o corpo do professor em sacos de lixo e tentaram enterrá-lo em uma cova que ja estava pronta.
"Cada uma delas tem 1 metro e meio de altura e a vítima pesava mais de 100 quilos. Elas não conseguiram enterrá-lo e resolveram queimar o corpo e o carro", contou Ariadne. Depois do crime, a mulher ainda deu entrada em uma pensão por morte e ainda solicitou o seguro do veículo queimado.
Para a advogada, a motivação financeira não seria a causa para o crime, já que o professor não era rico. "Ele estava reformando uma casa em Uberaba e elas não queriam que ele gastasse dinheiro. Em uma das mensagens elas falam sobre o gasto de R$ 2 mil em mármore", diz. Sonoda fazia parte do corpo docente da UFTM desde 2010.