As tentativas de voltar a operar se intensificaram nos últimos meses. A mineradora paralisou as atividades desde a data da tragédia em Mariana, quando 18 pessoas morreram. Uma pessoa ainda segue desaparecida.
O diretor afirmou que não houve nenhuma demissão e os salários dos trabalhadores foram mantidos. Porém, acredita que a situação não se manterá desta forma se os serviços não forem retomados. “Se a Samarco continuar paralisada, os empregos serão cortados”, disse.
O subsecretário de Regularização Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), Anderson Aguilar, afirmou que ainda realiza estudos para o retorno da Samarco. A empresa pré-formalizou um pedido de licenciamento para utilizar duas cavas, a Germado e de Alegria, para colocar os rejeitos. Porém, análises feita pela Semad indicaram que somente a cava de Alegria tem condições de receber o material.
Por isso, pediu um novo estudo para a Samarco que teria que ser entregue até esta terça-feira. Para voltar a operar, segundo a Semad, a empresa tem que passar por três procedimentos de licenciamento e depois ser avaliado pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).
A maioria dos presentes na audiência pública foi a favor do retorno das atividades da Samarco. O presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, deputado estadual José Carlos Nunes (PT) disse que é preciso separar a responsabilidade sobre os danos que a empresa causou e a retomada das operações, de forma a evitar desemprego e queda na renda. O secretário de Obras e Planejamento de Mariana, Milton Godoy, também se disse a favor da volta das operações, tendo em vista que a cidade estaria perdendo as verbas arrecadadas por meio da mineradora. .