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Estado de Minas

Retomada das atividades da Samarco é discutida na ALMG

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente informou, no encontro, que ainda analisa o pedido da mineradora. A empresa, por outro lado, afirma que se não voltar os serviços os trabalhadores terão que ser demitidos


postado em 01/06/2016 16:36 / atualizado em 01/06/2016 18:42

A retomada das atividades da Samarco, dona da barragem de Fundão que se rompeu em 5 de novembro em Mariana, voltou a ser discutida nesta quarta-feira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Parlamentares defenderam a volta dos trabalhos na cidade e no Espírito Santo. Alguns, ressaltaram que o retorno tem que ser feito com segurança. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente informou, no encontro, que ainda analisa o pedido da mineradora. A empresa, por outro lado, afirma que se não voltar os serviços os trabalhadores terão que ser demitidos.

As tentativas de voltar a operar se intensificaram nos últimos meses. A mineradora paralisou as atividades desde a data da tragédia em Mariana, quando 18 pessoas morreram. Uma pessoa ainda segue desaparecida. Durante o encontro desta quarta-feira, o diretor de Projetos e Ecoeficiênca da Samarco, Maury de Souza Júnior, mostrou o que a empresa tem feito após o rompimento da barragem e negou que rejeitos continuam vazando. “Produtores rurais têm sido fomentados e animais atendidos. Foram concluídos três diques de contenção e, ao contrário do que vem sendo noticiado, não vem sendo vazados mais rejeitos no Rio Doce”, garantiu.

O diretor afirmou que não houve nenhuma demissão e os salários dos trabalhadores foram mantidos. Porém, acredita que a situação não se manterá desta forma se os serviços não forem retomados. “Se a Samarco continuar paralisada, os empregos serão cortados”, disse.

O subsecretário de Regularização Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), Anderson Aguilar, afirmou que ainda realiza estudos para o retorno da Samarco. A empresa pré-formalizou um pedido de licenciamento para utilizar duas cavas, a Germado e de Alegria, para colocar os rejeitos. Porém, análises feita pela Semad indicaram que somente a cava de Alegria tem condições de receber o material.

Por isso, pediu um novo estudo para a Samarco que teria que ser entregue até esta terça-feira. Para voltar a operar, segundo a Semad, a empresa tem que passar por três procedimentos de licenciamento e depois ser avaliado pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).

A maioria dos presentes na audiência pública foi a favor do retorno das atividades da Samarco. O presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, deputado estadual José Carlos Nunes (PT) disse que é preciso separar a responsabilidade sobre os danos que a empresa causou e a retomada das operações, de forma a evitar desemprego e queda na renda. O secretário de Obras e Planejamento de Mariana, Milton Godoy, também se disse a favor da volta das operações, tendo em vista que a cidade estaria perdendo as verbas arrecadadas por meio da mineradora.


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