Chuva em um único dia supera média de junho nas represas da Grande BH

A precipitação desta quinta-feira foi o suficiente para ultrapassar o que é esperado para todo o mês em três das quatro captações que abastecem a região metropolitana. Situação é o contrário do que aconteceu em maio

Guilherme Paranaiba
Choveu nesta quinta-feira em boa parte da Região Metropolitana de Belo Horizonte - Foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS
O mês de junho começou com chuva e apenas no segundo dia as precipitações nos reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de Belo Horizonte superaram a média histórica esperada para o mês em três das quatro captações da Grande BH.

Na captação do Rio das Velhas já choveu 11 milímetros apenas nesta quinta-feira, mesma quantidade esperada para todo o mês, normalmente é marcado pela seca. Na represa do Rio Manso, a chuva de hoje alcançou 15,2 mm, superando os 13,5 mm esperados para o período de 30 dias. No reservatório de Serra Azul, os 10,5 mm também passaram os 7,8 mm que costumam chover em junho. Só na Vargem das Flores a chuva não superou o normal para todo o mês. A Copasa registrou 7 mm de precipitação, contra 8,3 mm da média histórica.

Essa situação é exatamente o contrário do que aconteceu em maio.  As chuvas do mês passado não superaram as médias históricas em nenhuma das quatro captações. No Rio Manso, por exemplo, choveu apenas 2 mm. Em Vargem das Flores, a chuva chegou a 4,9 mm, Serra Azul teve 11,4 mm e não choveu no Rio das Velhas.


Hoje, o Estado de Minas mostrou que pela primeira vez, desde que a Copasa anunciou a crise hídrica, em janeiro de 2015, a população parou de economizar água levando em consideração a comparação de março e abril de 2016 com o mesmo período de 2015. Em março, houve alta de 4,3% no consumo e em abril o aumento foi de 3,4%.

RISCO AFASTADO A Copasa sustenta que o risco de racionamento foi eliminado da Grande BH pelos próximos 20 anos com a inauguração, ano passado, da captação direta no Rio Paraopeba, em Brumadinho, na Grande BH. Para poupar a água dos reservatórios e possibilitar a recuperação das represas, a empresa vem usando a água da nova captação. A expectativa é de que com a intensificação do período de seca o uso da água direta do Paraopeba diminua, para que seja novamente usada com mais intensidade a água dos reservatórios. .