Mortes por síndrome respiratória sobem 8,3% em uma semana em Minas

Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram que 220 pessoas perderam a vida por causa da síndrome. Do total, 20 foram pelo subtipo H1N1

João Henrique do Vale
Campanha de vacinação em Minas Gerais superou a meta do Ministério da Saúde - Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

O número de mortos em decorrência da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentou 8,3% em uma semana. O boletim divulgado nesta quinta-feira pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostra que 220 pessoas perderam a vida por causa da síndrome, 17 a mais dos últimos dados divulgados pela pasta na última semana. Do total de óbitos, 20 foram do subtipo H1N1. Outras 88 mortes ainda estão sendo investigadas. A grande preocupação das autoridades é com a chegada do período do frio.

Veja como se prevenir da gripe

Até esta quinta-feira, foram notificados 2.302 notificações de SRAG, 6,7% a mais do que a última semana. Do total, 1.195 já amostras de pacientes já foram coletadas e processadas. Destas, 146, o que corresponde a 12,2%, foram classificados como influenza e 14, ou 1,2%, como outros vírus respiratórios. Dos casos associados à influenza, 90 eram vírus A e 10 do B.
O subtipo A H1N1 soma 80 registros e 53 eram influenza A não subtipado.

As cidades com mais óbitos pelos vírus H1N1 são Campo Belo (4), Frutal (2) e Lavras (2). Betim, Contagem, Lavras, Extrema, Pouso Alegre, Andradas, Funilândia, Juiz de Fora, Varginha, Capitólio,Piranguçu, Sete Lagoas e Monte Santo de Minas registraram um óbito cada uma. Belo Horizonte registrou uma morte por Influenza A não subtipado.

O número de 80 pessoas infectadas pelo vírus H1N1 da gripe A, com 20 mortes, este ano, é 13 vezes maior do registro de 2015, quando houve seis casos da doença confirmadas e dois óbitos. Também está acima de 2014, que teve 33 pacientes infectados e 17 mortos.

A gripe é uma doença infecciosa causada pelo vírus influenza e ataca as vias respiratórias. Entre os sintomas, é comum o aparecimento de espirro, coriza, tosse, febre alta, dor de cabeça e prostração. A transmissão da gripe ocorre, geralmente, por secreção e pela inalação de partículas de saliva infectada em suspensão no ar. Hábitos de higiene, como lavar a mão com mais frequência e levar o antebraço à boca ao espirrar ou tossir, ajudam na prevenção.

A contaminação por influenza ocorre durante todo o ano, mas é mais frequente no outono e no inverno, quando as temperaturas caem, principalmente no Sul e Sudeste do país. Idosos, crianças, gestantes e pessoas com alguma comorbidade, possuem um risco maior de desenvolver complicações. Muita gente não sabe, mas a gripe pode ser causada pelos vírus influenza A, B e C. Os vírus A e B apresentam maior importância clínica.
Estima-se que, em média, as cepas A causem 75% das infecções. .